O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, negou novamente envolvimento na elaboração de suposto dossiê contra José Serra, do PSDB, na campanha eleitoral de 2006. Ele voltou a dizer que a acusação de que teria se unido a outro candidato ao governo de São Paulo Orestes Quércia para derrubar a candidatura de Serra só voltou à tona porque Quércia não está mais vivo.
– Essa história não para de pé. Se ele (Quércia) estivesse vivo, estaria aqui para desmentir, como desmentiu na época. Ele era aliado do PSDB, nunca foi meu aliado, jamais tive uma conversa pessoal com ele, muito menos durante a campanha eleitoral. Jamais procurei Orestes Quércia, a campanha dele, a família dele. Nunca tivemos nenhuma relação pessoal, a não ser em debates e eventos públicos – disse na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Mercadante lembrou que o assunto foi explorado pela imprensa na época. E leu parecer do então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, o inocentando de participação no caso dos aloprados e ressaltando que seu indiciamento pela Polícia Federal foi considerado ilegal pela PGR.
– O procurador-geral disse que foi ilegal o ato da autoridade legal, que não poderia ter me investigado sem autorização do STF – comentou.
E disse que, no mérito da questão, o procurador-geral afirmou que a quebra dos sigilos telefônicos mostram que “não há um único elemento nos autos que aponte para o envolvimento do senador nos fatos”.
O ministro também partiu em defesa da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ela foi acusada de participação no caso dos aloprados.
– Chamar a Ideli (para depor na Câmara ou no Senado) é uma injustiça absolutamente inaceitável. Lamento que no meu partido tenha militantes que venham de uma cultura de enfrentamento. Outros partidos também têm isso. É um equívoco histórico tratar as coisas dessa forma – afirmou.
O ministro foi convidado para falar na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o tema Economia e Competitividade: a Importância da Inovação, mas, na prática, os senadores tinham interesse em perguntar sobre o suposto dossiê dos aloprados.
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