domingo, 31 de julho de 2011

Campanha da Legalidade - 50 Anos!

Ao entrar agosto de 2011, GUERRILHEIROS VIRTU@IS não poderiam deixar de lembrar os 50º aniversário da Campanha da Legalidade.

A direita no Brasil viu frustada suas intenções de poder desde 1954, quando Getúlio Vargas, ao suicidar-se, revolta a nação, fazendo-os recuar e voltar aos quartéis;

Link
Em 1955/1956 outra tentativa na tentativa de inviabilizar a posse de JK:

Que dia é hoje?


31/1/1956 - Posse do presidente Juscelino Kubitschek


Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da República após um período conturbado da política nacional. Com o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, seus opositores da UDN, apoiados pelo vice-presidente Café Filho, buscaram se manter no poder e afastar a possibilidade de retorno do trabalhismo varguista.

Contudo, a candidatura do ex-governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek (em uma aliança PSD-PTB e com o apoio do Partido Comunista), frustrou as pretensões udenistas. Em outubro de 1955, JK foi eleito com 36% dos votos e João Goulart ganhou a disputa pela vice-presidência.

Diante da vitória petebista, a UDN, liderada pelo deputado Carlos Lacerda, procurou impugnar o resultado das eleições, sob o argumento de que Juscelino não teria sido escolhido pela maioria do eleitorado. Naquela época, contudo, essa não era uma exigência constitucional e as eleições realizavam-se normalmente em um único turno.

Além dos políticos udenistas, o movimento golpista para impedir a posse de JK contou com o apoio da ala conservadora do Exército e do presidente interino Carlos Luz (que tomou posse após o afastamento de Café Filho por motivos de saúde). A posse de Juscelino e de João Goulart foi assegurada por um levante militar liderado pelo então Ministro da Guerra, General Henrique Teixeira Lott.

Em 11 de novembro, o movimento depôs o presidente golpista Carlos Luz, decretando-se estado de sítio até a posse dos candidatos eleitos em outubro. Este episódio ficou conhecido como “Contra-Golpe” ou “Golpe Preventivo”.



Em 1961, devido à legislação eleitoral vigente, elege-se como presidente Janio Quadros, apoiado pela famigerada UDN e João Goulart do PTB como vice.
Em 25 de agosto renuncia e inicia-se crise política de deu origem à campanha da legalidade.
Gibanet nos trás aqui:


Do livro organizado por Jânio Quadros Neto e Eduardo Lobo Botelho Gualazzi: "Jânio Quadros: Memorial à Historia do Brasil"


-‘’Quando assumi a presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do País. A minha renúncia era para ter sido uma articulação: nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada. Renunciei à minha candidatura à presidencia, em 1960. A renúncia não foi aceita. Voltei com mais fôlego e força. Meu ato de 25 de agosto de 1961 foi uma estratégia política que não deu certo, uma tentativa de governabilidade. Também foi o maior fracasso político da história republicana do país, o maior erro que cometi (...) Tudo foi muito bem planejado e organizado. Eu mandei João Goulart (N:vice-presidente) em missão oficial à China, no lugar mais longe possível. Assim,ele não estaria no Brasil para assumir ou fazer articulações políticas. Escrevi a carta da renúncia no dia 19 de agosto e entreguei ao ministro da Justica, Oscar Pedroso Horta,no dia 22. Eu acreditava que não haveria ninguém para assumir a presidência. Pensei que os militares,os governadores e,principalmente, o povo nunca aceitariam a minha renúncia e exigiriam que eu ficasse no poder. Jango era, na época, semelhante a Lula: completamente inaceitável para a elite. Achei que era impossével que ele assumisse, porque todos iriam implorar para que eu ficasse (...) Renunciei no dia do soldado porque quis senbilizar os militares e conseguir o apoio das Forças Armadas. Era para ter criado um certo clima político. Imaginei que, em primeiro lugar, o povo iria às ruas, seguido pelos militares. Os dois me chamariam de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Achei que voltaria de Santos para Brasília na glória. Ao renunciar, pedi um voto de confianca à minha permanencia no poder. Isso é feito frequentemente pelos primeiros-ministros na Inglaterra.Fui reprovado. O País pagou um preço muito alto. Deu tudo errado’’.


O anúncio das Reformas de Base inflamou as tensões políticas que tomaram conta do Governo João Goulart.

Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do vice-presidente João Goulart ao posto presidencial. Tendo sérias desconfianças sobre a trajetória política de Jango, alguns membros das Forças Armadas alegavam que a passagem do cargo colocava em risco a segurança nacional. De fato, vários grupos políticos conservadores associavam o então vice-presidente à ameaçadora hipótese de instalação do comunismo no Brasil.

Com isso, diversas autoridades militares ofereceram uma carta ao Congresso Nacional reivindicando a extensão do mandato de Ranieiri Mazzilli, presidente da Câmara que assumiu o poder enquanto Jango estava em viagem à China. Inicialmente, esses militares se manifestavam à realização de novas eleições para que a possibilidade de ascensão de Jango fosse completamente vetada. No entanto, outros políticos e militares, como o Marechal Lott, eram a favor do cumprimento das regras políticas. (continue lendo)

No Rio Grande do Sul, sob o comando de Leonel Brizola, inicia-se vigoroso movimento que levaria dezenas de milhares de pessoas às praças e as filas de alistamento nas fileirasm da Legalidade.

Brizola requisita os transmissores da rádio Gaúcha e os transfere para os 'porões do palácio' de onde comandaria a campanha.

Rádios de todo o Rio Grande do Sul começam a entrar em cadeia de transmissão e logo começou a se ouvir em todos os recantos o Hino da Legalidade:




GUERRILHEIROS VIRTU@IS sugerem a quem quiser conhecer melhor esta página heróica de nossa história que acompanhem o belo trabalho do Sul21, que está fazendo um especial sobre os 50 anos da campanha da legalidade.


Banner do PDT alusivo à campanha:




Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA

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