sábado, 23 de julho de 2011

Caron nega denúncias e diz que afastamento foi para facilitar reformulação nos Transportes

Por Redação, com ABr - de Brasília

Depois de sete anos como diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Hideraldo Caron pediu demissão nesta sexta-feira, segundo ele, para deixar o governo à vontade para fazer as mudanças que julgar necessárias no setor de transportes. Caron ressaltou, em conversa com jornalistas, que o pedido de afastamento é irrevogável e foi uma iniciativa “totalmente pessoal e voluntária”.


– O governo já expressou publicamente a intenção de reformular a área de transportes, e eu resolvi solicitar a exoneração no sentido de colaborar para que esses espaço fique disponível para a reformulação. Se é esse o desejo do governo, eu não vou ser impedimento para isso – disse.


Segundo Caron, o pedido de afastamento não tem relação com as denúncias de irregularidades em relação a sua gestão no Dnit.


– Até porque não tem nenhuma denúncia relativa à minha área que tenha comprovação, pelo contrário, todos os relatórios que temos dos últimos anos, inclusive da Controladoria-Geral da União (CGU), mostram avanços na melhoria dos procedimentos e da gestão do Dnit – explicou.


Ele disse também que sua saída do governo não está relacionada com o trabalho à frente do Dnit porque, segundo Caron, o órgão teve o melhor desempenho percentual de execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


No encontro que teve na tarde de hoje com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Caron pediu para continuar auxiliando o governo nos próximos dias para que não haja problemas de continuidade nas obras sob responsabilidade do Dnit.


Caron ocupava o cargo de diretor do Dnit desde 2004. Ele é filiado ao PT e foi citado pela revista Veja como um dos envolvidos nas denúncias de corrupção em obras da área dos transportes. As denúncias também atingiram o diretor-geral do órgão, Luiz Antonio Pagot, que tirou férias no início da crise.

Fonte: Correio do Brasil

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