quinta-feira, 7 de julho de 2011

EUA: que se danem os direitos humanos!

EUA realizaram interrogatório em navios

O governo de Barack Obama aprovou a detenção secreta de um suspeito de terrorismo somali em um navio da marinha dos EUA, onde foi interrogado pelos militares por dois meses sem advogados ou prestação de queixas. A maneira como os americanos lidaram com Ahmed Abdulkadir Warsame reacendeu o debate sobre a forma apropriada de abordar suspeitos de atos terroristas.


De acordo com documentos legais, Warsame foi capturado em uma embarcação entre o Iêmen e a Somália, que foi interceptada após informações de que poderia trazer importantes terroristas. O homem foi mandado para Nova York na segunda-feira 4, onde responderá por nove acusações, entre elas conspiração e suporte aos grupos terroristas Al Shabab e Al Qaeda. Ele alegou inocência em todas as acusações, mas pode ser condenado à prisão perpétua.


Grupos de direitos humanos se manifestaram contra o questionamento secreto de Warsame na embarcação da marinha, algo que temem ser uma nova forma de detenção da CIA pelo mundo, evitando o envio de indivíduos para a prisão de Guantânamo, em Cuba. Segundo o jornal britânico The Guardian, há evidências de que o governo americano está aderindo ao método para evitar impedimentos legais e políticos no trato de suspeitos de terrorismo, domesticamente e no cenário internacional.


Os grupos humanitários afirmam que a Convenção de Genebra proíbe a detenção prolongada de suspeitos no mar.


Procedimento cotidiano


Na última semana, o futuro chefe do Comando Especial de Operações dos EUA, Admiral William McRaven, admitiu que militantes capturados fora do Afeganistão foram constantemente “colocados a bordo” para serem mantidos até que fossem enviados a um terceiro país ou um caso fosse aberto contra eles nos EUA.

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