Empresa americana teria prostituído menores; caso foi revelado pelo Jornal da Record
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando uma empresa americana por suspeita de explorar o turismo sexual no Brasil, segundo reportagem do diário americano The New York Times (NYT). O caso já havia sido denunciado pelo Jornal da Record em outubro de 2010.
A reportagem do JR mostrou que, na época, a Polícia Federal de Manaus havia recebido uma denúncia de que empresas que vendem pacotes de turismo de aventura e pesca esportiva na Amazônia no Brasil e nos Estados Unidos estariam promovendo orgias durante as viagens. Menores de idade estariam nos barcos de luxo para serem exploradas sexualmente por turistas estrangeiros.
A ONG (organização não governamental) Equality Now ajudou a abrir no mês passado um processo criminal na corte federal do Estado da Geórgia (sul dos EUA) contra Richard Schair - empresário do setor imobiliário e dono da empresa de viagens Wet-A-Line Tours (que fechou). Ela destacou que foi a primeira vez que a Lei de Proteção a Vítimas de Tráfico e Violência (aprovada em 2000 nos EUA) foi usada para um caso de exploração do turismo sexual.
Segundo o NYT, o caso foi aberto após a queixa feita por quatro mulheres brasileiras. Elas disseram ter sido forçadas, quando eram menores de idade, a trabalhar como prostitutas para americanos em expedições promovidas por uma empresa operada por Schair - uma delas teria 12 anos de idade quando foi submetida a esse trabalho.
Em outubro do ano passado, o JR revelou o caso de sete meninas de comunidades ribeirinhas no Estado do Amazonas. Todas eram menores quando o caso aconteceu, em 2004. Elas pensavam que iam trabalhar uma vez por semana por R$ 168 (US$ 100, em valores da época) e no final tinham que se submeter a favores e orgias. Imagens colhidas pela polícia mostram cenas da exploração.
O caso vem sendo investigado desde o ano passado pelo FBI, já que envolve cidadãos americanos. No Brasil, a Polícia Federal fez buscas nos barcos envolvidos - iates luxuosos, com várias cabines. O pacote vendido nos Estados Unidos custa R$ 7.580 (US$ 4.500, em valores da época), sem incluir o preço das passagens aéreas.
A ONG (organização não governamental) Equality Now ajudou a abrir no mês passado um processo criminal na corte federal do Estado da Geórgia (sul dos EUA) contra Richard Schair - empresário do setor imobiliário e dono da empresa de viagens Wet-A-Line Tours (que fechou). Ela destacou que foi a primeira vez que a Lei de Proteção a Vítimas de Tráfico e Violência (aprovada em 2000 nos EUA) foi usada para um caso de exploração do turismo sexual.
Segundo o NYT, o caso foi aberto após a queixa feita por quatro mulheres brasileiras. Elas disseram ter sido forçadas, quando eram menores de idade, a trabalhar como prostitutas para americanos em expedições promovidas por uma empresa operada por Schair - uma delas teria 12 anos de idade quando foi submetida a esse trabalho.
Em outubro do ano passado, o JR revelou o caso de sete meninas de comunidades ribeirinhas no Estado do Amazonas. Todas eram menores quando o caso aconteceu, em 2004. Elas pensavam que iam trabalhar uma vez por semana por R$ 168 (US$ 100, em valores da época) e no final tinham que se submeter a favores e orgias. Imagens colhidas pela polícia mostram cenas da exploração.
O caso vem sendo investigado desde o ano passado pelo FBI, já que envolve cidadãos americanos. No Brasil, a Polícia Federal fez buscas nos barcos envolvidos - iates luxuosos, com várias cabines. O pacote vendido nos Estados Unidos custa R$ 7.580 (US$ 4.500, em valores da época), sem incluir o preço das passagens aéreas.
A investigação constatou ainda que a rota da "pesca sexual" funcionou entre 2000 e 2007. Ao menos 20 meninas foram vítimas - entre elas, cinco indígenas.
A representante da Equality Now, Kristen Berg, disse que o Brasil está passando à frente da Tailândia como principal destino do turismo sexual. Ela disse que veio ao Brasil, acompanhada de advogados da empresa King & Spalding (que não está cobrando pelo serviço), para procurar testemunhas.
Na quinta-feira (8), Schair disse ao NYT por telefone que as alegações de seu envolvimento com turismo sexual são falsas e não entrou em mais detalhes.
O processo no Estado da Geórgia e a investigação do Departamento de Justiça seriam, segundo o diário americano, uma ramificação de um outro processo criminal aberto por Schair em 2007 contra outro operador de expedições pesqueiras à Amazônia, Philip Marsteller.
Na ação, Marsteller é acusado de dizer que Schair ofereceria prostitutas e drogas a seus clientes nas expedições - mas o réu nessa ação reforçou a acusação com testemunhos de meninas brasileiras e de ex-funcionários. O caso foi resolvido em 2008, com um acordo - no qual Schair pagou uma indenização simbólica. A partir desse caso, agentes federais americanos teriam começado a investigação de ligação de empresas americanas com o turismo sexual no Brasil.
Em 2009, a empresa de Schair foi intimada a entregar documentos - entre eles, listas de passageiros e clientes. Em dezembro do ano passado, a ex-mulher dele também teria sido mencionada no caso, após a descoberta de documentos que mostram que ela operava uma empresa que teria se envolvido em prostituição infantil no Brasil.
Saiba quais sinais podem indicar que uma criança sofreu abuso
A representante da Equality Now, Kristen Berg, disse que o Brasil está passando à frente da Tailândia como principal destino do turismo sexual. Ela disse que veio ao Brasil, acompanhada de advogados da empresa King & Spalding (que não está cobrando pelo serviço), para procurar testemunhas.
Na quinta-feira (8), Schair disse ao NYT por telefone que as alegações de seu envolvimento com turismo sexual são falsas e não entrou em mais detalhes.
O processo no Estado da Geórgia e a investigação do Departamento de Justiça seriam, segundo o diário americano, uma ramificação de um outro processo criminal aberto por Schair em 2007 contra outro operador de expedições pesqueiras à Amazônia, Philip Marsteller.
Na ação, Marsteller é acusado de dizer que Schair ofereceria prostitutas e drogas a seus clientes nas expedições - mas o réu nessa ação reforçou a acusação com testemunhos de meninas brasileiras e de ex-funcionários. O caso foi resolvido em 2008, com um acordo - no qual Schair pagou uma indenização simbólica. A partir desse caso, agentes federais americanos teriam começado a investigação de ligação de empresas americanas com o turismo sexual no Brasil.
Em 2009, a empresa de Schair foi intimada a entregar documentos - entre eles, listas de passageiros e clientes. Em dezembro do ano passado, a ex-mulher dele também teria sido mencionada no caso, após a descoberta de documentos que mostram que ela operava uma empresa que teria se envolvido em prostituição infantil no Brasil.
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Um comentário:
Cumpadi, o TN tá bloqueado.Quando tento fazer o login aparece o numo 503.Será que é a besta fera?
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