Andrew Jennings faz severas denúncias em seu livro: ele acha que muita coisa "cheira mal" Marcelo Ferrelli/Gazeta Press |
Jennings, que trabalha para a BBC, acredita que o Morumbi não foi preterido por critérios técnicos. Para ele, o estádio tricolor perdeu espaço para a arena alvinegra, que ainda precisa ser construída, para que a ganância dos dirigentes seja alimentada com atitudes ilícitas relacionadas à obra.
"Na construção de estádios para Copas do Mundo, existe um acordo entre as autoridades e os construtores", apontou. "Para se fazer dinheiro, é preciso que seja construído um novo estádio".
O Morumbi foi descartado pela Fifa, em conjunto com a CBF, no meio de 2010. A falta de garantias financeiras para a realização das obras exigidas foi o motivo alegado.
Na última quarta-feira, o projeto da Prefeitura de São Paulo que oferece R$ 420 milhões em incentivos fiscais para a construção do "Fielzão" foi aprovado em primeira votação.
Jennings faz inúmeras críticas a Joseph Blatter, presidente da Fifa, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e João Havelange, ex-presidente da Fifa que ainda tem voz ativa na entidade. "O Brasil precisa deixar de ser comandado por Ricardo Teixeira. A notícia boa é que todo império um dia chega ao fim", acrescentou.
Na terça-feira, às 19h30 (de Brasília), o jornalista estará disponível para um bate-papo sobre seu livro e distribuirá autógrafos na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, em São Paulo.
Armação de resultados?
Jennings foi questionado sobre a possibilidade de resultados em jogos de Copa do Mundo terem sido armados. Ele suspeita da boa campanha da Coreia do Sul, sede do Mundial, em 2002.
"Vocês viram times maravilhosos, como a Itália, perderem para a Coreia do Sul. Não temos nada contra a Coreia, mas o mundo sabe que aquele resultado foi falso. Os sul-coreanos não têm muita tradição no futebol e era preciso que a Coreia continuasse na Copa para que os estádios continuassem cheios, senão haveria um fracasso", apontou, salientando que não tem provas.
Sobre a Copa de 1998, quando o Brasil foi derrotado para a França, ele suspeita de influência dos fornecedores de material esportivo sobre a derrota verde-amarela por 3 a 0. "É embaraçoso dizer isso porque Brasil e França tinham grandes times. Mas muitos acreditam que a final não foi verdadeira", disse ele, suspeitando que a convulsão de Ronaldo não tenha acontecido.
"Eu não sou médico, não estava no vestiário, mas alguma coisa não está certa. Só vamos descobrir a verdade quando colocarmos Ricardo Teixeira na parede", acrescentou.
Um comentário:
Eu não sou muito ligado em futebol, mas não duvido que haja esquemas e interesses bem grandes, até porque movimenta bilhões por ano no mundo.
Muito bom.
Tomei a liberdade de enviar ao:
http://linkandovoce.blogspot.com/
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