Líderes do movimento gay apresentaram ao CRP (Conselho Regional de Psicologia) do Rio de Janeiro pedido de cassação do registro profissional do pastor Silas Malafaia (foto), 52, sob a acusação de práticas homofóbicas. O pastor se formou em psicologia clínica e não exerce a profissão, mas faz com frequência menção a sua formação nas pregações aos fiéis.
O CFP (Conselho Federal de Psicologia), ao qual o CRP está atrelado, baixou em janeiro de 1999 resolução proibindo os psicológicos de se referirem à homossexualidade como distúrbio e também de fazer declarações em público discriminatórias contra os gays.
Malafaia é pastor da Assembleia de Deus, da subdenominação Vitória em Cristo. Ele tem se destacado por sua pregação contra o movimento reivindicatório por igualdade dos gays.
No começo do ano, ele distribuiu no Rio outdoors com a mensagem de que “Deus fez o macho e a fêmea”. Depois, em maio, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a reforma do Estatuto das Famílias, disse que a legalização do relacionamento homoafetivo - que acabou ocorrendo - seria o primeiro passo para se aprovar “tudo o que se imaginar”, inclusive relação sexual com cachorro e cadáver. (ver vídeo)
O MP (Ministério Público) abriu inquérito para apurar se a intenção do pastor, com essas declarações, foi pregar a homofobia.
O CRP-Rio já tinha recebido no ano passado uma reclamação contra Malafaia, mas não deu em nada.
'Vamos colocar na lei tudo que se imaginar'
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