Um dia depois de abrir sindicância para investigar assessores próximos afastados por suspeita de corrupção, Alfredo Nascimento suspende todas as licitações da pasta por trinta dias, tempo que vão durar as apurações. Só será liberado dinheiro para obras de 'caráter inadiável'. Sob suspeita de participar do suposto esquema, ministro acerta ida ao Congresso para se explicar. Adversários do governo Dilma pedem ao Ministério Público abertura de inquérito.
Da Redação
BRASÍLIA – O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, decidiu nesta terça-feira (05/07) suspender todas as licitações da pasta nos próximos trinta dias, tempo que vai durar uma sindicância interna aberta para investigar servidores graduados do ministério acusados de participar de suposto esquema de desvio de verba pública. A paralisação também atingirá a liberação de dinheiro para obras já licitadas cujos executores estejam pedindo pagamento maior para continuar a tocá-las.
Em nota oficial, Nascimento disse que só terão continuidade as licitações de “caráter inadiável, cuja paralisação possa comprometer a segurança de pessoas e o patrimônio da União”. A decisão sobre o “caráter inadiável” de cada obras caberá ao secretário-executivo do ministério, Paulo Sérgio Passos.
Sob suspeita de ele mesmo ter envolvimento com o esquema que teria sindo montado para abastecer o caixa do partido dele, o PR, com dinheiro público, Nascimento concordou em ir ao Congresso, na próxima terça-feira (12/07), para prestar esclarecimentos a deputados e senadores. Diversas comissões, na Câmara e no Senado, preparavam-se para chamar o ministro a depor.
Também nesta terça-feira (06/07), partidos adversários do governo Dilma Rousseff entraram com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que seja aberto um inquérito para investigar se houve superfaturamento e formação de quadrilha no ministério dos Transportes.
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