Nos últimos dias, O Globo e a Folha de São Paulo, por coincidência, publicaram textos semelhantes. Claro que a Veja não ficou de fora e deu uma capa semelhante ao assunto escolhido para a pequenina ação orquestrada do Instituto Millenium (caso não saiba, tal Instituto é uma ONG que reúne todos os oligopólios de comunicação do Brasil, para garantir seu domínio nas comunicações).
Clovis Rossi, num editorial da Folha, assim como a reportagem de O Globo, usam peripécias para fazer uma só pergunta: por que o povo não sai às ruas contra a corrupção? A Veja traz como matéria de capa uma reportagem sobre o Brasil, como um dos países mais caros do mundo (parecido com uma hashtag que criei no Twitter semanas atrás, mas tudo bem).
Toda a ação do Instituto Millenium visa fomentar a indignação de um povo, o nosso povo, contra a corrupção, os descalabros do poder, os altos preços praticados num país de grandes diferenças sociais e miséria, etc. A iniciativa da ONG dos oligopólios seria ótima, não fosse por um engano: foca os inimigos errados.
Conhecendo a história política e social do Brasil, pode-se dizer que nos últimos cem anos quem provocou, alimentou, fomentou, gerou, propiciou e aumentou a corrupção, a miséria, a alienação, as diferenças sociais e muito mais foi, ninguém mais, do que os veículos de comunicação. Os mesmos que agora fazem este apelo que seria digno se fosse contra eles próprios.
Não estou dizendo aqui que os políticos e governantes são desprovidos de responsabilidades. Claro que não. Mas políticos, partidos e governantes se alternaram no poder nos últimos cem anos. Quem nunca saiu de sua posição privilegiada no último século são os mesmos que agora lhe pedem para sair nas ruas, mas não contra eles. Como forma de defesa diante de um movimento crescente na internet contra os oligopólios de comunicação, o Instituto Millenium pede manifestações populares contra os políticos. Nada mais.
Já escrevi anteriormente sobre isso neste blog, mas faço questão de repetir: não conheço um único país avançado neste mundo, que não tenha uma comunicação mais horizontal do que a nossa, na qual de 11 famílias dominam cerca de 80% do setor comunicacional. Não conheço uma única instituição neste mundo, pública ou privada, que seja avançada sem ter uma comunicação elaborada, pensada, dinâmica e antenada com seus vários públicos e diferentes necessidades.
Não haverá futuro político ou social para este país enquanto não democratizarmos as comunicações do Brasil. O único futuro que teremos será o econômico, mas os benefícios deste avanço fica majoritariamente restrito aos grupos oligárquicos que dominam este país.
Escrevi sobre isso em Ensaio sobre o atual cenário político da blogosfera e principalmente em ...Pois o futuro brasileiro é uma grande farsa. Se o povo quer pagar juros menores, como no restante do mundo, que saia às ruas contra estes veículos de comunicação que já estão fomentando novo aumento. Se o povo quer uma política social e de direitos humanos reformulada, que saia às ruas contra essa velha mídia que faz "terrorismo informativo" contra qualquer avanço social importante. Se o povo quer desfrutar de uma democracia, que vá para as ruas gritar contra o oligopólio de comunicação tupiniquim. Esta deve ser a primeira indignação dos brasileiros e sua luta primordial, pois sem ela, não faremos chegar ao povo o conhecimento necessário da realidade que o cerca e o faz mal.
Clovis Rossi, num editorial da Folha, assim como a reportagem de O Globo, usam peripécias para fazer uma só pergunta: por que o povo não sai às ruas contra a corrupção? A Veja traz como matéria de capa uma reportagem sobre o Brasil, como um dos países mais caros do mundo (parecido com uma hashtag que criei no Twitter semanas atrás, mas tudo bem).
Toda a ação do Instituto Millenium visa fomentar a indignação de um povo, o nosso povo, contra a corrupção, os descalabros do poder, os altos preços praticados num país de grandes diferenças sociais e miséria, etc. A iniciativa da ONG dos oligopólios seria ótima, não fosse por um engano: foca os inimigos errados.
Conhecendo a história política e social do Brasil, pode-se dizer que nos últimos cem anos quem provocou, alimentou, fomentou, gerou, propiciou e aumentou a corrupção, a miséria, a alienação, as diferenças sociais e muito mais foi, ninguém mais, do que os veículos de comunicação. Os mesmos que agora fazem este apelo que seria digno se fosse contra eles próprios.
Não estou dizendo aqui que os políticos e governantes são desprovidos de responsabilidades. Claro que não. Mas políticos, partidos e governantes se alternaram no poder nos últimos cem anos. Quem nunca saiu de sua posição privilegiada no último século são os mesmos que agora lhe pedem para sair nas ruas, mas não contra eles. Como forma de defesa diante de um movimento crescente na internet contra os oligopólios de comunicação, o Instituto Millenium pede manifestações populares contra os políticos. Nada mais.
Já escrevi anteriormente sobre isso neste blog, mas faço questão de repetir: não conheço um único país avançado neste mundo, que não tenha uma comunicação mais horizontal do que a nossa, na qual de 11 famílias dominam cerca de 80% do setor comunicacional. Não conheço uma única instituição neste mundo, pública ou privada, que seja avançada sem ter uma comunicação elaborada, pensada, dinâmica e antenada com seus vários públicos e diferentes necessidades.
Não haverá futuro político ou social para este país enquanto não democratizarmos as comunicações do Brasil. O único futuro que teremos será o econômico, mas os benefícios deste avanço fica majoritariamente restrito aos grupos oligárquicos que dominam este país.
Escrevi sobre isso em Ensaio sobre o atual cenário político da blogosfera e principalmente em ...Pois o futuro brasileiro é uma grande farsa. Se o povo quer pagar juros menores, como no restante do mundo, que saia às ruas contra estes veículos de comunicação que já estão fomentando novo aumento. Se o povo quer uma política social e de direitos humanos reformulada, que saia às ruas contra essa velha mídia que faz "terrorismo informativo" contra qualquer avanço social importante. Se o povo quer desfrutar de uma democracia, que vá para as ruas gritar contra o oligopólio de comunicação tupiniquim. Esta deve ser a primeira indignação dos brasileiros e sua luta primordial, pois sem ela, não faremos chegar ao povo o conhecimento necessário da realidade que o cerca e o faz mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário