A presidenta Dilma Roussef mandou um avião da FAB buscar o ministro Nelson Jobim em Tabatinga (AM) nesta quinta-feira 4, onde ele cumpre agenda de seu ministério. O avião o leva para Brasília, onde chegará à noite para ser demitido.
Se o ministro estava se esforçando para deixar o governo do qual faz parte, mas votou contra, ele enfim conseguiu nesta quinta. A presidenta optou por demiti-lo após uma entrevista do ministro à revista Piauí, na qual classificou como “fraquinha” sua colega Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, e declarou que Gleisi Hoffman, da Casa Civil, “sequer conhece Brasília”.
O Ministro declarou que a afirmação estava fora de contexto. “O que nós comentávamos, era o projeto de lei sobre informações sigilosas. Em momento nenhum fiz referências dessa natureza”, disse nesta quinta, no Amazonas.
No entanto, a polêmica com a revista Piauí foi a última de um verdadeiro festival de verborragia do ministro Jobim que acabou sempre tendo o governo do qual faz parte como alvo.
Primeiro, em uma homenagem pública aos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jobim citou Nelson Rodrigues para para criticar o atual governo. “Ele (Rodrigues) dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento”.
A segunda bateria de fogo amigo perpretada pelo ministro Nelson Jobim foi em entrevista a um programa do portal UOL, no qual declarou ter votado em José Serra nas eleições para a presidência em 2010.
Nesta quinta estourou a polêmica da entrevista para a revista Piauí, que culmina em sua demissão. O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) são cotados para assumir o ministério da Defesa em seu lugar.
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