Ministro Nelson Jobim (Defesa) caminha ao lado do vice-presidente, Michel Temer e da presidente Dilma Rousseff durante evento em junho |
Marina Dias
A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quarta-feira (3) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para uma demorada conversa no Palácio do Planalto. Após ter declarado em entrevista à Folha de S.Paulo que votou em José Serra (PSDB) nas últimas eleições presidenciais, Jobim acabou criando um clima de desconforto no governo. A conversa seria, então, decisiva. E foi: Jobim fica, pelo menos por enquanto.
Dilma falou com o ministro por mais de uma hora e marcou posição sobre o episódio. Dirigentes petistas estavam na torcida para que ela demitisse o ministro ou, pelo menos, pedisse que ele entregasse o cargo. O PMDB, partido de Jobim, acreditava que o ministro levaria uma chamada da presidente, e foi o que aconteceu. Dilma cancelou a agenda que tinha em São Paulo, onde participaria do 4º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, para receber Jobim às 11h, segundo sua agenda oficial.
Às 12h30, após sair do Palácio do Planalto, Jobim decolou da base aérea de Brasília com destino a Serra do Cachimbo (PA) e, em seguida, para São Gabriel da Cachoeira (AM), segundo sua assessoria de imprensa. A agenda é ministerial: visita às instalações da 2ª Brigada de Infantaria de Selva. No Amazonas, acompanham o ainda ministro o peemedebista Michel Temer - também preterido nas urnas por Jobim -, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O segundo tempo da conversa deve render.
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