domingo, 28 de agosto de 2011

Homo Politicus

Antes de tudo, não integro a mesma tendência do companheiro Zé Dirceu.


O que de modo algum me constrange admirar a sua história, principalmente contra o Regime Autoritário.

Estavam onde aqueles que procuram impor-lhe condenação antes do julgamento?

A quem serviam e em troca de que favores?


Curiosamente, nesses tempos em que tanto se esforçam para condená-lo antecipadamente, eis que tentam insistentemente entrar em seus aposentos.

O que estariam buscando?

A serviço de quem estaria essa figura?

Eu, de minha parte, não tenho vergonha de dizer que Zé Dirceu é do PT e sou, modestamente, um bastião em sua defesa.

Entendo que Dirceu e outros companheiros integram a gênese ideológica do PT e, exatamente por isso, há uma grande vontade em atacá-los, destruí-los para que as referências vivas sejam extintas.


Acreditam que com isso o PT se torna um partido comum.

Compreendo perfeitamente as estratégias dissimuladas de des-serviço da informação que a grande mídia diariamente pretende escandalizar, enquanto isso serve-se de cortina de fumaça para praticar atos que dizem combater.


Afinal, nesses tempos de civilidade, um dos princípios mais cotejados é o da ampla defesa e do contraditório, o que se presume que o processo deva seguir e enquanto isso se dá ao imputado a condição de presumível inocente.

Mas inocente de que, cara-pálida? Acusam-no de fazer política?

Creio que faz política 24 horas por dia! A ditadura quis calá-lo - mas não conseguiu!

Vem esta revistinha invejosa, medíocre, barrela tentar calá-lo?

Imagino o tribunal julgando-o: JT: és José Dirceu? - JD: Sim! JT: CULPADO: Você é um ser político!

Invasão de domicílio é um crime que fere garantia constitucional e dispositivos do Código Penal. Por que se calam ante essa tentativa mal-engendrada?

Companheiro Zé Dirceu, chegou o seu momento de libertar-se dessas tentativas de linchamento moral, reconheço o valor da sua contribuição para o restabelecimento da democracia brasileira, inclusive, tendo de viver clandestinamente durante muito tempo e, ainda assim, manteve-se fiel às convicções e os desejos de construção de um país melhor para os brasileiros.

Pensamos muitas coisas de modo diverso, outras caminhamos na mesma direção e, em algumas, colidimos frontalmente.


Foi para isso que lutou.

É a democracia.

Não nos faz nem mais, nem menos amigos, mas companheiros que defendem uma bandeira chamada liberdade e que não pode ficar refém daqueles que na surdina e dissimuladamente tentam corrompê-la para que tudo mais perca a credibilidade.

Vamos à luta!

Hilda Suzana Veiga Settineri

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