Ex-presidente endossa indicação de ex-chanceler como novo ministro da Defesa, em substituição a Nelson Jobim
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não cabe aos militares gostar ou não da indicação do ex-chanceler Celso Amorim para ocupar o Ministério da Defesa, no lugar de Nelson Jobim. Lula fez essa declaração ao ser questionado se Amorim conseguirá desempenhar um bom trabalho à frente da pasta, uma vez que militares já manifestaram insatisfação com a escolha.
"Não cabe aos militares gostar ou não gostar de uma indicação da presidenta da República. Temos que aprender a trabalhar para depois ver se vai dar certo ou não", afirmou, em Bogotá.
Perguntado se o número de ministros demitidos não é grande para o pouco tempo de governo da presidenta Dilma Rousseff, Lula respondeu que é sempre um sofrimento a tomada de decisão para demitir um colaborador. E lembrou, contudo, que em período eleitoral, por exemplo, alguns ministros entram na sala do presidente com a carta de demissão nas mãos para deixar o cargo, sem saber se este é o desejo do mandatário, sob a alegação de que o "dever à pátria" os chama.
Lula não quis entrar na discussão sobre o motivo que levou Dilma a demitir Jobim, mas entende que a escolha de Celso Amorim foi acertada. "Eu não sei o que aconteceu com o ministro Jobim, mas eu penso que quando se analisa a competência intelectual e o trabalho, não tem pessoa igual ao Amorim no Brasil", disse, lembrando que, se a Dilma convidou Amorim, é porque ela sabe que o ex-chanceler tem condições de fazer um bom trabalho, e se Amorim aceitou o cargo, é porque ele sabe que pode fazer um bom trabalho.
Lula fez essas afirmações em rápida entrevista a jornalistas brasileiros após proferir palestra no evento Nutrição Infantil para Prosperidade de Todos, realizado por uma entidade de combate à desnutrição de crianças colombianas.
Fonte: Agência Estado
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