Da Redação
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta sexta-feira (5) que Celso Amorim, novo ministro da Defesa, trará mais diplomacia às negociações para o projeto da Comissão da Verdade, que busca investigar as medidas repressivas adotadas no período da ditadura militar.
“É uma matéria polêmica, complexa, que vai necessitar de muita diplomacia. A diplomacia do Celso Amorim pode contribuir para que saia do papel e se transforme em realidade. Ele terá melhores condições para negociar os acordos necessários no Congresso, e posteriormente, para a implementação do projeto”, afirmou Maia.
O presidente da Câmara também comentou o pedido de demissão de Nelson Jobim. Ele avalia que Jobim foi traído pelo seu próprio estilo, “mais polêmico e mais desprendido” dos cuidados com as palavras. “Não era o estilo mais adequado para o papel que ele desempenhava neste momento”.
Com relação à resistência de setores das Forças Armadas que estariam descontentes com a indicação de Amorim, Marco Maia minimizou as críticas e disse que a situação será contornada. “O importante é que na área militar há a questão da hierarquia. Tomada a decisão pela presidenta Dilma Rousseff, tem que ser seguida por todos”, afirmou o deputado.
Segundo ele, a demissão de Jobim significa uma mensagem da presidente Dilma aos ministros de que não vai aceitar desavenças. “Ela mostra que não vai tolerar comportamentos que criem desagregamento e conflitos internos. E foi o que ele teve, uma atitude desagregadora”.
Maia também destacou que o ministro Celso Amorim conhece bem a estratégia internacional do país. “Ele vai ajudar a potencializar a área militar do país. No ministério das Relações Exteriores, teve destaque na compreensão do papel estratégico do país”, disse, em referência à atuação do Brasil no Haiti.
No Sul21 Com informações do Valor Econômico e O Estado de S. Paulo
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