Assembleia geral às 14 horas
Local: auditório da ADUFMAT - no campus Cuiabá da UFMT
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso decidem hoje (17 de agosto) se entram em greve ou não em assembleia geral convocada pela Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT S.SIND.) com início previsto para as 14 horas.
No início da assembleia os professores irão fazer considerações sobre os impactos políticos e práticos de uma greve. Em seguida, irão votar.
Os professores reivindicam reajuste salarial e incorporação das gratificações ao salário base e argumentam que desde o governo Fernando Henrique Cardoso já tiveram mais de 80% de perdas.
Conforme o presidente da ADUFMAT, professor Carlos Alberto Eilert, a categoria não tem reajuste no vencimento básico há 16 anos. “O que houve foi a incorporação da GAE (Gratificação de Atividade Executiva)”, destaca Eilert.
Essa foi uma das conquistas da última greve docente na UFMT, em 2005, quando os professores da UFMT pararam por cerca de 150 dias, 5 meses.
Esta é a quarta assembleia este ano em que a questão greve está na pauta. O indicativo de greve foi aprovado no final do primeiro semestre.
A Universidade Federal do Tocantins (UFT) está parada há mais de 30 dias. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) entrou em greve ontem.
Outras sete universidades, entre elas a UFMT, decidem entre hoje e dia 24, se param ou não.
Dias 23 e 24 tem protesto do funcionalismo federal em Brasília e orientação da Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-Sindicato Nacional) para que todas as universidades parem nesses dois dias.
O menor salário base de professor na UFMT é R$ 557,15, graduado, por 20 horas. A categoria entende que isso é um ataque à atividade braçal e intelectual do docente universitário.
Os professores alegam que, na pirâmide do funcionalismo federal, a carreira docente está na base, entre as mais mal remuneradas, diferentemente do que era há 20 anos. Portanto, foram muitas perdas, em respeito e econômicas também.
A categoria pensa em entrar em greve também contra reformas que signifiquem mais perdas de direitos, para cobrar do governo que reconheça 1º de maio como data base, que pare de falar em congelamento até 2019 e por um plano de carreira condizente com as reivindicações da classe e não imposto pelo governo.
Na UFMT, os técnicos administrativos estão parados. E o Diretório Central dos Estudantes (DCE) já manifestou apoio aos técnicos e aos docentes, caso também decidam pela greve.
Keka Werneck, da Assessoria de Imprensa da ADUFMAT
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