segunda-feira, 19 de setembro de 2011

BBC Brasil acha 49% de apoio a reconhecimento de Estado Palestino uma margem pequena

Pesquisa em 19 países indica apoio por margem pequena a Estado palestino

49% querem que seus países reconheçam Estado, mas há muitos opositores e indecisos

Em meio aos preparativos para a Assembleia Geral da ONU em que os palestinos devem pedir para ser reconhecidos como um Estado independente, uma pesquisa do Serviço Mundial da BBC em 19 países mostra que, em média, as populações querem que seus governos apoiem uma resolução pró-independência palestina. No entanto, esse apoio é por uma margem apertada.

Das 20.446 pessoas entrevistadas pelo instituto de pesquisas GlobeScan nos cinco continentes, 49% defendem que seus países deem apoio à resolução reivindicada pela Autoridade Palestina, reconhecendo a Palestina como um membro pleno da ONU.

Mas 21% dos entrevistados querem que seus governos se oponham ao reconhecimento. Outros 30% estão indecisos: opinam que o apoio depende de outros fatores, creem que seus governos devem se abster na votação ou não sabem que posição seus governos devem adotar.

O maior apoio ao reconhecimento palestino é observado no Egito (90% a favor e 9% de oposição) e em outras nações de maioria muçulmana (Turquia, com 60% a favor e 19% contra; índices parecidos são observados no Paquistão e na Indonésia).

Na China também é grande a ênfase no reconhecimento do Estado palestino: 56% o apoiam e apenas 9% se opõem.

A resistência mais forte foi observada nos Estados Unidos (45% de apoio e 36% de oposição) e na Índia (32% de apoio e 25% de oposição, além de um alto número de indecisos). No Brasil, 41% apoiam, mas 26% se opõem.

Nas Filipinas, há um alto índice de apoio (56%), mas também uma rejeição significativa (36%) ao reconhecimento.

Reconhecimento x repercussão

"Se os cidadãos dos países tivessem um voto na (Assembleia Geral da) ONU, a pesquisa sugere que a Palestina obteria o reconhecimento oficial das Nações Unidas", comentou o presidente da GlobeScan, Doug Miller.

"No entanto, com tantas pessoas indecisas ou se opondo, é improvável que haja repercussões domésticas caso os governos decidam votar contra o reconhecimento."

A pesquisa foi realizada entre 3 de julho e 29 de agosto, com entrevistas telefônicas ou pessoais nos seguintes países: Canadá, EUA, México, Brasil, Chile, Peru, Turquia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia, Egito, Gana, China, Filipinas, Paquistão, Indonésia, Austrália e Índia.

A margem de erro oscila entre 2,1 ou 3,5 pontos percentuais.

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