Eu hoje saí logo cedo com um pequeno projeto na cabeça: queria fotografar os casarões do centro velho de São Paulo.
E é óbvio que iria dividir com voces. Não deu certo, porém. Fiquei assustado e com medo no centro da minha velha e querida cidade.
Bêbados e drogados dominam as ruas. Na maioria homens, mais semelhantes a zumbis, lembram cenas de filme de terror. Me senti acuado. Travei as portas, fechei os vidros e, timidamente, de dentro do carro mesmo, fotografei alguma coisa. E preferi as janelas. Sempre penso nas janelas como penso em olhos.
Em ambos, janelas e olhos, se vê e se é visto ao mesmo tempo. É só permitir, é só desejar.
Assim como olhamos com uma certa nostalgia para um viajante a imaginar o que seus olhos já viram, fico curioso, desejando debruçar-me no beiral dessas janelas e ver tudo que se passou em frente a elas.
Ou então - que indiscrição! - olhar através delas, de fora pra dentro, e saber todos os segredos daqueles quartos e salas.
No caminho de volta pra casa, fiquei me sentindo como se medrosamente tivesse roubado algo, na medida em que não pude exercer livremente meu direito de deixar que meus olhos mostrassem para minha alma o que ela quer tanto ver.
Mas aí estão três das poucas fotos que, acanhadamente, tirei. E não reparem na qualidade, ou no enquadramento, até porque nem fotógrafo amador eu sou. Pois o que eu queria mesmo, em meu projeto original, era convidá-los a sonhar como eu.
E é óbvio que iria dividir com voces. Não deu certo, porém. Fiquei assustado e com medo no centro da minha velha e querida cidade.
Bêbados e drogados dominam as ruas. Na maioria homens, mais semelhantes a zumbis, lembram cenas de filme de terror. Me senti acuado. Travei as portas, fechei os vidros e, timidamente, de dentro do carro mesmo, fotografei alguma coisa. E preferi as janelas. Sempre penso nas janelas como penso em olhos.
Em ambos, janelas e olhos, se vê e se é visto ao mesmo tempo. É só permitir, é só desejar.
Assim como olhamos com uma certa nostalgia para um viajante a imaginar o que seus olhos já viram, fico curioso, desejando debruçar-me no beiral dessas janelas e ver tudo que se passou em frente a elas.
Ou então - que indiscrição! - olhar através delas, de fora pra dentro, e saber todos os segredos daqueles quartos e salas.
No caminho de volta pra casa, fiquei me sentindo como se medrosamente tivesse roubado algo, na medida em que não pude exercer livremente meu direito de deixar que meus olhos mostrassem para minha alma o que ela quer tanto ver.
Mas aí estão três das poucas fotos que, acanhadamente, tirei. E não reparem na qualidade, ou no enquadramento, até porque nem fotógrafo amador eu sou. Pois o que eu queria mesmo, em meu projeto original, era convidá-los a sonhar como eu.
Fiquem em paz!
Jonas
Deu saúva no jardim, do Cumpadi Jonas.
2 comentários:
Eita !!! Obrigado.., valeu mesmo Cumpadi. e eu vou mesmo insistir nesse projeto haverá de dar certo !!
Acho que vc não sabe mas morei em Recife de 2008 até no inicio deste ano e de fato o Recife Antigo tem casarões lindos, vale a pena caprichar em umas fotos para dividir com os amigos..
Boa sorte pra ti e obrigado de novo..
Jonas @jotagebece
Pois então cumpadi, na verdade morei em Candeias - Jaboatão, logo depois da curva do s, perto do Beto´s Bar...um lugar bem legal alí, caminhava todo dia naquele calçadão ali ao lado do mercado de peixes...
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