Daniella JinkingsRepórter da Agência Brasil
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Brasília – O feriado do Dia da Independência foi movimentado em Brasília. Além do tradicional desfile de 7 de Setembro e da Marcha Nacional contra a Corrupção, a 17ª edição do Grito dos Excluídos foi às ruas da capital federal por justiça social e garantia de direitos.
De acordo com o representante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Aparecido Ramos, cerca de 3 mil pessoas participaram do protesto. Os manifestantes se concentraram às 10h em frente à Catedral Metropolitana. O ato foi em conjunto com a Marcha Brasil Contra a Corrupção.
Com o lema "Pela Vida Grita a Terra. Por Direitos, Todos Nós", os protestos tiveram como alvo os escândalos de corrupção, os megaprojetos na Amazônia, as mudanças no Código Florestal e até as obras para a Copa do Mundo de 2014.
Para Ramos, o governo precisa incluir a reforma agrária nos programas sociais. “Se colocasse, acabaria com a fome e a miséria. Queremos colocar o tema na ordem do dia, para ser discutido e tratado com seriedade”.
A pernambucana Juliana Vitorino, 26 anos, participou do protesto com integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MSLT). Segundo ela, a reforma agrária é um tema esquecido pelos brasileiros. “Não podemos fazer com que isso aconteça. Temos de incluir a reforma agrária no debate político.”
O Grito do Excluídos surgiu em 1995, ligado à Campanha da Fraternidade daquele ano. Criado pelo Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a mobilização ganhou a adesão de outras entidades e movimentos sociais ao longo dos anos.
Edição: Graça Adjuto
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