sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Preconceito: senhora maltrata deficiente físico e desacata policiais


Por DiAfonso

A senhora no vídeo abaixo ["senhora" é força de expressão, pois a forma como ela se reporta a todos os envolvidos no episódio não merece tal tratamento] é o que se pode considerar a "arrogância ambulante". Parece que o seu suposto dinheiro e riqueza infestou tanto sua alma que a cegou para princípios básicos nas relações sociais e interpessoais: respeito e tolerância.

Pensa ela que a força de seu suposto status econômico lhe confere "autoridade" para desacatar e ameaçar de morte policiais que exerceram dignamente o seu papel, ao dar voz de prisão a essa "senhora". Isso é alentador, se relembrarmos episódios em que policiais são invariavelmente truculentos, "marginais" e se posicionam a favor dos que podem, quando não se consideram acima da lei.

Pensa ela que a força de sua abastança material lhe dá "direito" a constranger, humilhar e relegar a "lixo" um ser humano portador de necessidades especiais, ainda que não tivesse essas necessidades. Muito me comove ver a cena em que o deficiente físico se afasta do campo de visão da câmara. Ele parece assustado e o que lhe vai na alma não se pode inferir, contudo é possível imaginar algo como impotência diante de um mundo de injustiças.

Não duvidem de que aparecerá algum figurão a clamar por piedade, pois a "senhora" se portara daquele jeito porque toma medicamentos controlados e coisa e tal. Médicos da família darão seus pareceres técnicos atestanto a causa do "transtorno" apresentado pela "senhora" e todos [os que têm poder econômico e se envolveram no episódio] irão para seus palacetes e dormirão em paz.

Quanto aos policiais... Ganharam os aplausos e o respeito da sociedade [enquanto agentes públicos, não fizeram nada mais do que seu papel], mas poderão sofrer a mão pesada dos que podem mais [lembram-se da última campanha presidencial? A intolerância contra nordestinos, gays e outros grupos sociais?]. E os que podem mais deverão "solicitar" a transferência desses policiais para outros postos em represália por eles terem dado voz de prisão à mãe, à avó, à tia [ou seja lá o grau de parentesco] daquele que pode mais. 

E a vítima? Será assistida juridicamente? O fato de ser deficiente e pobre conspirará contra a restauração de sua dignidade ofendida? Já vimos tanto esse filme... Já sabemos tanto como é o final...

Assista ao vídeo:


2 comentários:

Anônimo disse...

Meu Amigo Diafonso,
Considereções mais do que perfeitas.
Parabéns.
É meu caro, dá tristeza ver estas coisas acontecerem em SP, mas fique certo que a coisa aqui na zona sul do Rio, principalmente Ipanema e Lebon, porque afinal de contas rico, eletista e preconceitooso é igual em qualquer lugar.
Grande abraço,
Saraiva

Profdiafonso disse...

Cumpadi Saraiva,

Certamente, essas atitudes deploráveis ocorrem em qualquer lugar em que estejam aqueles que se consideram, por seu poder econômico, melhor do que outros seres humanos.

Abs!

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