Depois que líderes dos partidos de oposição saíram da sala da Câmara em que se realiza a audiência com o ministro do Esporte, Orlando Silva, a sessão se transformou em uma competição de elogios. Deputados de diversos partidos fizeram as mais diferentes declarações de apoio ao ministro. Os líderes da oposição se retiraram porque desejam ouvir o policial militar João Dias fazer as acusações formalmente na Casa antes de fazer questionamentos a Orlando Silva.
Os elogios não foram recebidos apenas de integrantes da base aliada. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) destacou a atuação de Orlando de buscar dar esclarecimentos e lembrou que o ministro já tinha ido bem quando foi acusado de irregularidades em relação a gastos com cartões corporativos. "A postura de vossa excelência bate com o que espero de um ministro de Estado. Seja pela transparência, seja por sua atitude republicana".
O elogio de Sampaio não foi a única manifestação favorável vinda da oposição. O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal, logo no início da reunião, destacou não ver culpa nos olhos de Orlando. "Estou acostumado a ouvir bandido, não vi traço de alguém que recebeu pacote de dinheiro", referindo-se à postura do ministro Orlando Silva. O deputado paranaense chegou a questionar Orlando sobre algumas ações da pasta, mas essa sua declaração foi destacada várias vezes por governistas.
O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), foi um dos primeiros a elogiar Orlando. "Quando li a reportagem da revista Veja me somei com seu sofrimento. Foi importante acompanhar a combatividade, o aguerrimento na defesa não só do seu programa, mas da sua honra". O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), manifestou apoio e aproveitou para concluir dizendo que esperava que o PMDB fosse mais bem tratado pelo Ministério no futuro.
Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo, mostrou qual a expectativa dos aliados em relação ao depoimento do ministro. "A fala de vossa excelência aqui encerra este debate. Quero que volte outras vezes para falar da Copa e das Olimpíadas".
Fonte: Estadão
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