Hoje há até quem pergunte para que serve o ministério, por perder a guerra da comunicação.
"... as guerras não se evitam e, quando adiadas, trazem vantagem ao inimigo ... não se deve jamais deixar uma desordem prosperar para evitar a guerra ..." - Maquiavel
A Presidenta Dilma assumiu o governo num ambiente de cessar-fogo pós-eleitoral por parte da imprensa demo-tucana. Ela respondeu acenando a bandeira branca, e promovendo a distensão.
Nos primeiros meses, a estratégia estava correta. A imprensa estava adiando a guerra, e isso trazia uma vantagem para a Presidenta, que foi bem explorada para se fortalecer e enfraquecer a oposição.
A partir de maio, a imprensa demo-tucana declarou a guerra da faxina. Abriu fogo contra Palocci para derrubá-lo, sem provas, e desde então, não parou mais.
Agora, é o governo Dilma quem está tentando adiar a guerra da faxina, na comunicação, e dando enorme vantagem aos opositores dos partidos e da imprensa.
Numa democracia, é impossível enfrentar a imprensa quando ela está com a razão em uma denúncia verdadeira (até Nixon caiu com o caso Watergate), mas quando a imprensa não está com a razão, não é tão difícil enfrentar, mesmo com as limitações impostas pelo quadro de oligopólio da mídia e da ausência de lei que garanta direito de resposta.
É só a área de comunicação fazer o contraponto de forma contundente e persistente, forçar o debate para se fazer ouvido, mostrando o outro lado dos fatos, explorar as contradições e falsidades das próprias denúncias, e até saber usar as crises como chamariz para atrair as atenções para a agenda positiva.
Quando começará a ser feito? Adiar a guerra que já está em curso, é exercício de auto-enganação, e caminhar para a derrota.
Em tempo: Duvido que a Presidenta tenha acreditado na "lua-de-mel" com a imprensa, com a história que ela tem. Ela vivenciou as conspirações da imprensa contra o PDT de Brizola, de Alceu Colares, contra o PT gaúcho desde Olívio Dutra, contra o presidente Lula, e contra ela mesma como ministra.
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