Via Portal iG
Na quinta-feira, dia 13, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) vai avaliar se tira ou não do ar a propaganda da Hope com a modelo Gisele Bündchen. Autora da polêmica representação contra a peça de publicidade, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, rejeitou o título de censora e disse ao iG que, nesse episódio, a verdadeira censurada foi ela.
De acordo com a ministra, a polêmica em torno do tema foi desproporcional, e ela só utilizou uma ferramenta do “estado democrático de direito” para que o Conar julgue se a propaganda colocava ou não a mulher numa posição de subalternidade.
“O mérito do debate não foi feito. As pessoas podem concordar ou discordar de nossa opinião [...] em vez disso optaram por um viés de discussão se é ou não censura. Eu, na verdade, me senti censurada”, disse.
Fazendo referência à propaganda de Gisele, na qual a modelo usa só calcinha e sutiã para dar notícias ruins ao marido, a ministra disse que já bateu o carro de seu companheiro e ensinou o jeito “correto” de se dar esse tipo de notícia.
A ministra também defendeu uma menor erotização da mulher nas propagandas brasileiras, mas garantiu que sua reação à campanha da Hope nada tem a ver com a beleza de Gisele Bündchen. “Isso não é argumento [...] poderia ser qualquer modelo”.
Na entrevista, Iriny ainda criticou o humorista do CQC Rafinha Bastos, que numa piada sobre a cantora grávida Wanessa Camargo disse que comeria ela e o bebê. “Foi um ato absolutamente agressivo [...]. Mas não posso tomar uma iniciativa [contra o humorista], pois [Wanessa] não nos procurou”.
Por fim, Iriny negou que tenha tentado tirar do ar o humorístico Zorra Total e disse que os pedidos para que a novela Fina Estampa, da Globo, mudasse sua trama para divulgar a Lei Maria da Penha foi uma simples “sugestão”.
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