As perguntas que não foram respondidas
Posto aí em cima o vídeo de minha intervenção, ontem, na Camara dos Deputados, a audiência pública sobre o acidente da Chevron. Fiz perguntas técnicas, essencialmente, para obter informações que possam levar adiante a apuração das situações que levaram ao derramamento de petróleo na bacia de Campos.
Infelizmente, não houve respostas objetivas, apesar de as perguntas serem diretas.
Numa única delas, a sobre os relatórios da cimentação da – ao que parece – única sapata do poço, justamente onde se deu o escape de óleo, houve uma informação que, embora vaga, tem de ser aprofundada: o presidente da Chevron disse que “a cimentação não se revelou adequada”.
Num trecho que não está no vídeo, voltei a perguntar: indagando se a constatação da inadequação da cimentação foi percebida na inspeção que se faz – ou que se deveria fazer – logo após sua execução ou só agora, quando o petróleo vazou.
Espero que a Polícia Federal aprofunde esta questão que, pelo método pouco eficiente deste tipo de audiência, não foi esclarecida.
Porque o restante, infelizmente, foi apenas uma apresentação das declarações de boas intenções da Chevron e da indignação de alguns deputados.
Insisto: acidentes desta natureza não são inevitáveis. É na estrutura e nos métodos de perfuração da petroleira americana que vamos encontrar as respostas sobre o que foi responsável pelo vazamento.
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