sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Em resposta a Alckmin, alunos da USP têm "aula de democracia"

Após o protesto realizado na avenida Paulista nesta quinta-feira, os estudantes da USP realizaram uma "aula de democracia" no vão livre do Masp. O título do encontro faz referência às críticas do governador Geraldo Alckmin (PSDB) feitas durante a ocupação da reitoria da universidade. Na ocasião, o governador afirmou que os alunos deveriam ter uma aula de democracia.

Jorge Luiz Souto Maior, professor de direito do trabalho na USP, foi o responsável pelo "bate-papo" com os alunos.

Segundo a Polícia Militar, cerca de mil pessoas participam do ato. Já os estudantes, estimaram em 6.000.

O protesto teve início por volta das 16h e chegou a bloquear os dois sentidos da avenida Paulista. Como consequência, o trânsito na região ficou lento no entorno da Paulista. Não houve registro de incidentes.

MANIFESTAÇÃO

Com faixas e gritos como "Rodas a culpa é sua, hoje a aula é rua" e "USP sim, polícia não", o grupo protestou contra a presença da Polícia Militar no campus da universidade, por um projeto alternativo de segurança e pela saída do reitor, João Grandino Rodas.


Fábio Braga/Folhapress
Estudantes da USP fecham trecho da Paulista durante protesto; veja fotos
Estudantes da USP fecham trecho da Paulista durante protesto; veja fotos

GREVE

No dia 10, os estudantes fizeram uma manifestação no centro de São Paulo, que reuniu 3.000 pessoas segundo a organização e mil pessoas segundo a PM. As reivindicações eram as mesmas.

Os estudantes da USP estão em greve desde o dia 8 de novembro, em resposta à prisão de 72 manifestantes que ocupavam a reitoria da instituição desde o último dia 2.

As faculdades que aderiram à paralisação são FFLCH (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas), ECA (Escola de Comunicações e Artes), FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) e Faculdade de Educação.

Adusp (sindicato dos professores da USP) e Sintusp (sindicato dos funcionários da USP) apoiam os estudantes, mas não pararam suas atividades.

PROVOCAÇÃO

"O ato é importante para acabar com o convênio da USP com a PM", afirmou a estudante do 3º ano de arquitetura Luiza Souza, 20. Segundo a aluna, a manifestação era uma "provocação pacífica". É um protesto, não temos como não incomodar ou provocar a polícia", disse.

Questionado sobre as possíveis provocações dos estudantes durante o protesto, o capitão da PM Carlos Britto afirmou que a PM estava indiferente. "Somos profissionais", afirmou.

MAIS PROTESTOS

Os alunos divulgaram nesta quinta-feira que realizarão um novo protesto na próxima segunda-feira (28) em frente a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) por volta das 13h.

FESTA

Nesta sexta-feira (25) os alunos realizarão uma festa no prédio de História e Geografia da USP para arrecadar fundos para repor o dinheiro gasto no pagamento da fiança dos manifestantes detidos durante ação de reintegração de posse do prédio da reitoria da USP.

2 comentários:

Odete disse...

É.....parece que a polícia de São Paulo só sabe contar até mil. A partir disto, o valor é sempre o mesmo. aula de matemática para a PM de SP já. kkkkkkkk

Profdiafonso disse...

Cumadi Odete,

Eu pensei que a PM de São Paulo só sabia contar até três: um, dois, três e porradas... rsrs

Mas, além da aulinhas de matemática, eles deveriam aprender civilidade e respeito ao seu papel de agente público, que, certamente, não é agir com violência em manifestações pacíficas.

Abs!

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