sábado, 5 de novembro de 2011

Investigar ações de Waack



O que você faria se fosse uma autoridade eleitoral e soubesse por meio de documentos oficiais que alguém tivesse interferido junto a governos, e via de consequência, junto a empresas multinacionais para que maiores inversões fossem feitas em favor de um único candidato? Ou melhor, contra um determinado candidato?

E se soubesse que esse alguém não era um lobista qualquer nem um homem ligado a interesses corporativos, mas sim jornalista de uma poderosa emissora de televisão que, como qualquer outra, opera sob regime de concessão pública?

Mandaria investigar, não? Por duas razões. Primeiro porque a atitude considerada constitui clara exorbitância e interferência indevida nos resultados do pleito do país visado.

Segundo porque como representante de uma emissora que lhe oferece a bancada de um telejornal, um jornalista não pode sair por aí em colóquios com autoridades estrangeiras, manifestando opiniões políticas, e depois placidamente conduzir um telejornal para 40 ou 50% do contingente eleitoral, como se nada acontecera.

Esse foi o caso do apresentador Wiliam Waack, que não só reuniu-se reservadamente com representações de governos estrangeiros, mas sistematicamente deu mostras contundentes de parcialidade na condução dos programas por ele ancorados.

Exemplo foi a ofensa que desferiu com microfone aberto contra um dos candidatos à Presidência da República, exatamente aquele ou aquela em relação a quem deu encaminhamentos contrários junto às autoridades americanas.

Aos observadores, a arrogância e o poder exalado por Waack têm uma explicação evidente. Forças políticas lhe dão garantias, e esse apoio é o motivo da autoconfiança que manifesta ao mencionar atores políticos que não privam da sua insignificante simpatia.

Se existe ainda algum senso de moralidade neste país, se existe alguma instância estatal que responde pela atribuição de poder de consulado a detentores de cidadania, então esse poder deve investigar imediatamente se o jornalista usurpou ou não funções públicas, se esse jornalista contribuiu ou não para a distorção do processo eleitoral, se esse jornalista violou ou não a ética da moderação e da imparcialidade com que deve conduzir-se em eleições sujeitos institucionais com impacto sobre a tendência de voto do eleitorado.

Em outras palavras, queremos que Waack seja investigado pelo Ministério Público Federal e que o conteúdo dos documentos já expostos pelo Wikileaks e outros que se sabe existir sejam declarados como constitutivos ou não de prova do crime de atentado à soberania nacional.

3 comentários:

Leonardo Ferreira disse...

Concordo, é isso mesmo, as autoridades do Brasil não podem ficar parada no tempo. Esperando o que? è espiongem mesmo. Lei de Segurança Nacional nele.

Profdiafonso disse...

Caro Leonardo,

Isso é uma lástima! Onde já se viu um jotrnalista com poder de terntar inteferir na condução de um pleito como o que ocorreu? Evidente que ele tem "costas quentes".

Se esse país quer consolidar a seriedade que vem conquistando, deveria, por meio das instituições democráticas, jogar um balde de água fria nas costas deste pulha. Waack é um pulha de primeira categoria entre tantos que infestam esse país.

Hugh =T disse...

Qualquer jornalista que use seu aval de livre expressão, para uma grande quantidade de pessoas, para esbanjar parcialidade política e ainda em época de eleição com tal vigor deve ser investigado e punido, mesmo que esteja favorecendo a esquerda ou a direita. O que faltam são pulhas esquerdistas...

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