A era FHC… 8 anos com o sociólogo bufão e seu ministro ególatra obsessivo, ambos desgovernando o Brasil. Éramos a 15ª economia do mundo e… ladeira abaixo!
Recordar é viver. Quem não se lembra da “lâmpada econômica” que fez enorme sucesso no apagão de 9 meses e foi um dos poucos produtos bem sucedidos comercialmente durante os magros anos FHC? Lembram-se do “racionamento de energia premiado”? Se você consumisse bem pouco – tomando banho frio, de canequinha ou nem tomando banho todos os dias – ganhava conta de luz… zerada! Mas se você não abrisse mão de um banho quentinho, sem pressa, e quisesse passar algumas horas vendo TV, ouvindo música ou gastando eletricidade como bem entendesse, pagava a conta acrescida de… sobretaxa! Por conta do apagão de FHC, a indústria foi obrigada a diminuir o ritmo de produção e demitir em massa – piorando mais ainda o que parecia não ter como ser pior. Dá pra acreditar que um dia achamos tudo isso “aceitável”?
Outro símbolo do governo FHC foi aquela agência de empregos on line. Lembram? Piscava em todos os portais oferecendo “milhares” de vagas. Era uma miragem no deserto de recessão e desemprego que assolava o país. A tal agência exibia todos os detalhes da vaga: cidade, função, benefícios, salário… menos nome contato da empresa. Quer a vaga? Paga taxa mensal para ter acesso. Sem piedade. É claro que muitos pagaram e poucos levaram. Fui testemunha e vítima: era puro estelionato em cima de pai de família desesperado. (A tal agência de empregos só existe até hoje porque, sob Lula, os empregos reais voltaram a aparecer.)
De tão quixotesco que era no cargo de presidente, FHC chegou a ser humilhado em público pelo então presidente Clinton (veja o vídeo aqui) depois de confessar a falência financeira de seu governo diante de vários líderes mundiais.
Mas nem tudo foi fracasso. Os anos FHC – principalmente com Serra de Ministro do Planejamento (planejamento do caos?) – enriqueceram um seleto clube de felizes espertalhões associados ao oligopólio midiático inconstitucional. Afundados em sua economia estagnada, arrocho salarial e desemprego nas alturas, FHC e Serra convidavam investidores do mundo inteiro para participarem da comilança das nossas empresas. Nessa luxúria canibalística, entregavam ouro a preço de latão e recebiam trocados mensais para pagar os juros da dívida contraída junto ao FMI em nome do povo brasileiro. Livravam-se, assim, de administrar estatais que exigiam a capacitação e o compromisso com o país que nunca tiveram. E, de quebra, ainda sustentavam o barco furado do neoliberalismo. Mais: os compradores de estatais podiam usar o BNDES – dinheiro do povo – para subsidiar suas “compras”. Ou seja, além de vender a preço de banana, Serra – o grande Ministro do Planejamento de FHC – emprestava o dinheiro para o comprador “pagar a compra”… Tem empresário que não desembolsou um centavo sequer e recebeu de mão beijada sua estatal. Além disso, para aumentar-lhes o atrativo e não encalharem no balcão de vendas, algumas empresas tiveram suas dívidas totalmente quitadas pelo governo antes de irem a leilão.
O livro de Amaury Ribeiro Jr. – A Privataria Tucana - revela, entre outras coisas, os bastidores da entrega de nossas estatais aos tubarões neoliberais, as “lavanderias” usadas em paraísos fiscais e a “internação” de dinheiro em contas correntes de empresas recém-constituídas, cujos donos tornavam-se ricos da noite para o dia. Revela também que, no mesmo período das vendas das estatais, surgiram poucos e felizes milionários ao redor de Serra: só na ponta do iceberg, filha, genro, contador…
Como sabemos, o habitat natural do oportunista do colarinho branco é o ambiente onde leva vantagem sobre os demais. Está em seu DNA jogar por conta própria, enganar a todos à sua volta e sair no lucro. Isso explica porque muito tucano vai apoiar e trabalhar pela CPI da Privataria a ser instalada no início do ano, após o recesso parlamentar. E não fará isso por amor ao Brasil, à justiça ou à verdade, mas para vingar-se por ter sido excluído das partilhas – inocente útil que veio a perder sua ingenuidade nas páginas do livro do Amaury. Não existe pior sentimento para um trambiqueiro que aquele de ter sido passado para trás por outro de sua espécie…
O PiG está se fazendo de morto. Por isso, a maioria da população mal sabe do “A Privataria Tucana”. Muito menos da CPI que originará. Imagino que estão apostando na pizza – como aconteceu em 2003. Essa história de “vamos processar o autor, a editora, o PT e o escambau” é cascata. Vão processar, isto sim, a leitura dos fatos para distribuí-los à população, misturando CPI da Privataria e campanha eleitoral, e jogar tudo na mesma panela. Depois vão servir o cozido em suas manchetes como sendo mais uma armação do PT com finalidades eleitoreiras. Vai faltar, como sempre, combinar isso com o povão, com a blogosfera, redes sociais e toda a esquerda brasileira. Inclusive com o delegado-deputado Protógenes Queiróz, autor do requerimento da CPI, do qual esperamos atenção, vigilância e firmeza.
As perguntas que deverão ser respondidas em 2012: Terão as “ilustríssimas excelências dos supremos tribunais do supra-sumo da justiça” PEITO de brigar com os tubarões denunciados por Amaury Ribeiro Jr. em seu livro, investigá-los a fundo e, uma vez culpados, condená-los? E nesse caso, terão PEITO de investigar a fundo as negociatas, encontrar irregularidades e reverter os processos para que possam devolver ao Brasil, por exemplo, o controle da Vale do Rio Doce – simplesmente a maior mineradora do planeta? Por outro lado, terá Dilma Rousseff a CORAGEM para enviar ao Congresso Nacional o texto do Marco Regulatório das Comunicações ou acreditará, novamente, que o PiG vai deixá-la governar em paz e cumprir com sua obrigação de informar ao povo brasileiro as realizações de seu governo?
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“Vida de rico em geral é muito chata” – disse FHC. Por essa jóia de reflexão, mereceu destaque no “Book of All-Time Stupidest: Top 10 Lists” (Livro das dez coisas mais estupidas já ditas de todos os tempos” (veja aqui). Descontando o lado senil, o ex-presidente deve ter dito isso para consolar os desempregados, quando o Brasil ainda era a 15ª economia do mundo em seu governo e não a 8ª como se tornou sob Lula ou 6ª, ao superar a Grã-Bretanha, (veja aqui) com de Dilma.
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