Fonte: O DIA ONLINE
Cinco magistrados — três juízes e dois desembargadores — do Tribunal de Justiça do Rio decidiram abrir mão do sigilo bancário, telefônico e fiscal para a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon. O grupo autorizou ainda que seus parentes também tenham suas contas vasculhadas. A decisão é uma demonstração de apoio às investigações do órgão, epicentro da maior crise do Judiciário. Os ofícios à ministra foram enviados pelos juízes Marcos Peixoto, Alcides da Fonseca e João Batista Damasceno e pelos desembargadores Siro Darlan e Rogério Oliveira. No Rio, há 900 juízes e 180 desembargadores.
CONTAS ABERTAS 2
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A decisão dos magistrados ganhou adesão ontem. Quem entrou no ‘bloco de solidariedade’ foi a desembargadora Márcia Perrini, que, como os outros, colocou o seu patrimônio e o da família à disposição de qualquer avaliação da ministra. ‘Temos obrigação de prestar contas. O trabalho da ministra é dar transparência ao Judiciário’, defende Siro Darlan.
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O apoio de juízes e desembargadores do Rio à Corregedoria do CNJ ganhou debate acalorado em página no site de relacionamento Facebook. No grupo, há 144 magistrados cadastrados. Muitos criticam a ação de Eliana Calmon e tratam com desprezo a decisão dos magistrados de abrirem suas contas. Outros apoiam. Ponto para a democracia.
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A caça aos chamados ‘bandidos de toga’, como a ministra Eliana Calmon batizou, também ganhou o apoio da população. Pelo menos é o que indica o balanço parcial da Ouvidoria do CNJ. De outubro a 18 de dezembro, o canal, uma linha direta com o cidadão, registrou 190 manifestações sobre o tema: 180 delas eram de elogios à ação do órgão.
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