Lüiz Muller em seu blog
Onças, cobras, macaquinhos, pererecas, araras “cor de ouro”, todas as imagens sempre muito bem musicadas, para emocionar a plateia. Foi no Globo Repórter de ontem [2/12]. Imagens que supostamente são da região. Sim, porque não dá para esquecer que a Globo é farta de imagens falsas. Eles transformaram até bola de papel em tijolo ou outro objeto contundente durante a campanha eleitoral, lembram? Mas supondo-se que todas as imagens sejam verdadeiras, vou externar aqui as razões pelas quais fiquei convencido de que a hidrelétrica de Belo Monte tem que sair ali mesmo, onde durante 30 anos foram realizados estudos de viabilidade econômica e ambiental foram feitos a respeito.
Seria engraçado, se não fosse trágico. Estas mesmas ONGs que, junto com artistas globais e o PIG, tanto batem em Belo Monte, nada fizeram com relação à Chevron e sua ganância poluidora. E nem me lembro de ter visto as mesmas organizações fazendo barulho quando explodiu a plataforma da British Petroleum no Golfo do México. A Rede Globo, depois que as redes sociais já tinham denunciado a Chevron e seu vazamento na Bahia da Guanabara, pegaram carona num helicóptero da mesma empresa para mostrar que a mancha de petróleo havia reduzido. Mas não disseram nada sobre o fato de que a Chevron estava era tentando roubar o petróleo do pré-sal.
Esta gente não esta preocupada com o meio ambiente. Eles estão preocupados porque o Brasil esta caminhando célere para se tornar uma grande potência mundial. É isto que está em jogo. Infelizmente há gente boa caindo nesta esparrela da preservação do meio ambiente no caso de Belo Monte. Sou a favor da preservação. Mas sou também a favor do desenvolvimento. E desenvolvimento se faz com energia elétrica, que Belo Monte vai gerar. É preciso sim garantir que haja compensações que garantam os mínimos impactos possíveis. É assim que se faz desenvolvimento sustentável.
Aliás, falando em desenvolvimento sustentável, alguém aí ficaria sem seu computador, sua televisão, sua máquina de lavar, seu ar condicionado, seu ferro elétrico, seu chuveiro, enfim, tudo aquilo que requer energia elétrica para funcionar? A indústria, os hospitais, o comércio, os serviços, tudo exige energia. Alguns dirão que é preciso buscar outras formas de energia, mais limpas. Também sou a favor. Mas isto tem custo. E a energia quem paga, é quem a utiliza, ou seja, nós. E o custo seria muito alto. E por que mesmo nós teríamos de pagar mais caro pela energia mais limpa e norte-americanos, chineses e europeus continuem pagando pouco por uma energia que polui violentamente o planeta? Alias, o Brasil é signatário do Protocolo de Quioto. E tem cumprido sua tarefa de reduzir a geração de poluentes. Quem não tem feito isto, são os norte-americanos, chineses e europeus, que aliás são donos da Chevron, da British Petroleum e outras milhares de empresas poluidoras.
Então, eu quero continuar com as condições de vida que as novas tecnologias, movidas a energia, proporcionam. Quero que estas condições de vida possam ser dadas a todos os brasileiros e muitos ainda não as têm. Para isto, é preciso gerar mais energia. Gerando mais energia, ela também fica mais barata. E não teremos mais nenhum apagão. Quero também a preservação do meio ambiente, por que sei que também não dá para viver sem ele, assim como não dá para viver sem energia elétrica. Então, se trata de tirar a média entre um e outro, calcular as compensações necessárias e… continuar a crescer e distribuir a riqueza gerada, possibilitando que todos os brasileiros tenham o direito de acessar as benesses que o mundo oferece.
Clique aqui para ler “Tudo o que você gostaria de saber sobre a Usina de Belo Monte, mas não sabia para quem perguntar”
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