terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vazamento da Chevron provocou dano ambiental grave, diz Ibama


RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um laudo do Ibama em conjunto com a Marinha concluiu que o vazamento de óleo ocorrido em um poço da companhia norte-americana Chevron, na bacia de Campos, provocou um dano ambiental grave.

"Um derrame pode provocar uma série de impactos, dentre eles alterações físicas e químicas dos habitats naturais... efeitos letais e sub-letais nos organismos e mudanças nas comunidades biológicas", diz o laudo do Ibama e da Marinha.

Diante disso, o secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, anunciou nessa terça-feira que o governo do Estado quer uma indenização maior por reparação aos danos causados ao meio ambiente, no valor de R$ 150 milhões.

Uma ação civil pública será protocolada na Justiça na semana que vem. Inicialmente, Minc pretendia pedir uma indenização de R$ 100 milhões.

Anteriormente, a Chevron afirmou que agiu com rapidez para controlar o vazamento e que o incidente não causou danos à vida marinha.

O superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, Adílson Gil, disse à Reuters que o dano ambiental foi apontado como grave dado o "estrago provocado e o volume derramado".

A gravidade do acidente fez o Ibama realizar a autuação pelo valor máximo. Acidentes acima de 200 metros cúbicos (200 mil litros) já são definidos como de "grandes proporções".

Pelo laudo da Marinha e do Ibama, com base em informações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o derrame foi de 222 metros cúbicos a 367 metros cúbicos.

Com base na lei do óleo, o Ibama já aplicou uma multa de R$ 50 milhões à petroleira e pode autuar a companhia mais duas vezes, com penalidades de 50 e 10 milhões reais, com base no tamanho do dano ambiental e no descumprimento do PEI- Plano de Emergência Individual.

"Estamos analisando as informações da empresa para saber quais os pontos do PEI ela (Chevron) não atendeu. A previsão é que até o fim da semana vai dar para saber se havia navios e equipamentos no local. Temos que saber se o equipamento estava disponível, se existia e se estava onde deveria estar no momento do acidente", disse ele à Reuters

(Reportatem de Rodrigo Viga Gaier)


2 comentários:

Terra Náuas disse...

ei cumpadi... agora lascô. Até o PIG tá dividido na questão da usina, com a Globo contra e a Veja apoiando. Estudantes de Belém tb entraram na disputa, agora contra a usina.

Profdiafonso disse...

Apois é, cumpadi Leandro! Agora deu a mulesta mesmo!

Abs!

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