segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Chile recua e permitirá que professores usem a palavra “ditadura”

Pinochet e Kissinger
Via Sul 21

Em função da repercussão negativa da medida que eliminava a expressão “ditadura militar” dos livros escolares do Chile, o governo de Sebastián Piñera voltou atrás na sexta-feira, dia 6, e garantiu autonomia aos professores para usarem a expressão que julgarem mais “conveniente”.

Na quarta-feira, dia 4, o governo chileno anunciou que a partir do ano letivo de 2012, as crianças do primeiro ao sexto ano usariam a expressão “regime militar” para se referirem à época em que Augusto Pinochet esteve no comando do país de 1973 a 1990.

O ministro de Educação do país, Harald Beyer, afirmou que os professores não precisam “educar com este termo. Podem continuar usando a palavra ‘ditadura’ ou aquela que julgares conveniente”, completou.

Beyer ainda se justificou e afirmou que a medida pretende incitar o debate e a discussão “ampla e muito rica”. “Este é o objetivo, desenvolver o pensamento crítico. São bases curriculares. Isto não impõe nenhuma visão sobre os textos escolares”, acrescentou.

Leia também: Chile elimina termo “ditadura” dos livros escolares

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