Sósia de Aécio Neves protagoniza nova minissérie da Globo
Paulo Ventura (Domingos Montagner) é o presidente da Câmara dos
Deputados na nova minissérie da Globo, Brado Retumbante. Quando um
acidente aéreo mata o Presidente da República e o vice, o personagem –
da faixa etária de Aécio Neves, incrivelmente parecido com ele e
mulherengo como o próprio, ainda que idealista e honesto como o Superman
– assume a Presidência e passa a combater sem tréguas a corrupção que o
antecessor deixou (!).
Acima de tudo, a produção deixa ver um fato até então insuspeito.
Apesar de que a imprensa paulista passou a hostilizar o senador tucano
por Minas Gerais, coincidentemente após o lançamento do livro Privataria
Tucana, a mídia carioca – ou seja, a Globo – deixa ver que pode ter
decidido pular fora do barco de José Serra, que, a esta altura, deve
estar mordendo os cotovelos de raiva e inveja…
Quanto à estratégia da Globo, é apenas um começo de trabalho visando
2014. Mas, ao levar ao ar material publicitário de tal porte em benefício
de um político, a emissora da família Marinho escancara que a sua
aposta no neto de Tancredo Neves não é pequena nem fortuita. O
descaramento de colocar quase um clone dele como político incorruptível,
um verdadeiro herói, só se justifica diante de grande esperança em que
decole.
Não é a primeira vez que a Globo faz algo assim. Já fez uma novela
inteiramente com finalidade política, só que como propaganda negativa. O
Salvador da Pátria foi ao ar entre 8 de janeiro e 14 de agosto de 1989,
ano da primeira eleição presidencial depois de vinte e um anos de
ditadura e quatro de transição para a volta efetiva da democracia.
Daquela vez, o protagonista pretendia parodiar o então candidato Lula.
A trama gira em torno de Sassá Mutema (Lima Duarte), um bóia-fria
ignorante e ingênuo que se deixa cooptar por… Sindicalistas! Sassá
acaba convencido a se candidatar a prefeito e acaba se elegendo. A
novela mostra a transformação de um analfabeto em político poderoso, mas
ainda um títere usado ao sabor das conveniências. A má notícia é que
Lula acabou não sendo eleito, naquele ano, ainda que não se possa culpar
(só) a novela por isso.
2 comentários:
-Não sei não, mas algo já começou errado:
O Presidente da Republica e seu vice nunca podem viajar juntos no mesmo avião, por questão de segurança...
kkkkk Eu também notei esse detalhe... Mas é que a Globo que deixar claro que é ficção, cumpadi! kkkkkkkkkkkk
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