Três irmãos policiais que não estavam de plantão - dois soldados militares e uma policial civil--foram detidos após uma briga envolvendo o trio e uma família que comemorava a noite de Réveillon em Campo Grande (MS).
Um homem de 41 anos de idade foi morto por um dos policiais e outras quatro pessoas, parentes da vítima, entre elas uma criança de dez anos, foram baleadas.
O episódio ocorreu na madrugada deste domingo (1º) na casa da vítima, na Pioneiros, vila afastada do centro da cidade. Até às 14 horas (horário de Brasília) testemunhas e os policiais prestam depoimento na delegacia.
A delegada que cuida do caso, Fernanda Félix, embora tenha confirmado que um policial militar foi quem atirou e matou um homem, ainda não divulgou o nome dos irmãos.
O comando da Polícia Militar nem o da Polícia Civil não se manifestaram sobre o caso até agora.
Uma das testemunhas disse que o pedreiro Wilson Meaurio saiu da casa em companhia do sobrinho Márcio Pereira Soares, 22. Os dois conversavam na rua quando por ali teria passado um carro conduzido por um policial supostamente embriagado.
O PM teria freado o carro de maneira brusca perto dos dois e isso teria motivado uma discussão. Soares teria entrado em luta corporal com o militar, dando início ao desentendimento que envolvera parte da família que ainda estava na casa e os irmãos policiais.
Na briga, alguns parentes das vítimas danificaram o carro do policial. Os implicados na confusão estariam embriagados.
Após as agressões, um dos PMs invadiu a casa armado com uma pistola e efetuado diversos disparos. Onze pessoas permaneciam na festa.
O irmão e a irmã do PM, também policiais, teriam atirado para o alto, segundo depoimento de testemunhas. Ninguém da família estaria armado.
O pedreiro foi atingido com um tiro no peito e morreu a caminho do hospital. A mulher dele de 37 anos de idade, os filhos de 15 e de dez anos e um sobrinho de 16 também foram atingidos e levados para o hospital.
O estado de saúde mais grave é do garoto de dez anos, que deve ser submetido a uma cirurgia ainda hoje. O restante permanece internado.
Os policiais estavam armados com as pistolas que usam durante o trabalho. Eles ainda não comentaram suas versões nem deram entrevistas.
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