Na noite desta segunda-feira (9), a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou o relatório sobre a visita de campo que três de seus servidores – lotados no escritório do órgão em Imperatriz (MA) – fizeram ao município de Arame, região central do estado e palco de tensos conflitos entre indígenas e ruralistas.
O documento traz uma “Nota de Esclarecimento” afirmando que a denúncia sobre o assassinato de uma criança indígena Awá-Guajá [aqui], numa reserva em Arame, não passa de “boato infundado, uma mentira”.
A nota e o relatório, em Português de quarta série do primário, desqualificam duramente a “ação dos aproveitadores inescrupulosos que se apressaram em tentar legitimar a mentira” e lamentam que “a sociedade brasileira tenha sido ludibriada de maneira tão vil”.
O órgão encerra sua ladainha dizendo que trabalha para “comprometido em atender a demanda indígena maranhense” e tenta “modificar a atual conjuntura de denúncias e notícias sem fundamento cuja motivação é eminentemente política”.
Pelo que diz o relatório, os técnicos da Funai – com nenhuma descrição de competência ou habilitação para procederem investigações acerca de crimes contra a vida – conversaram por algumas horas com Clóvis Tenetehara, liderança do povo guajajara, que tem contato esporádico com os grupos awá-guajá, e se deram por satisfeitos ao ouvirem deste indígena que não exista crime, corpo carbonizado e, muito menos, registros em fotos ou vídeos do mesmo.
Um único depoimento foi suficiente, segundo os “investigadores” da Funai, para se afirmar que “o suposto assassinato NÃO PASSOU DE UM BOATO INFUNDADO, UMA MENTIRA!” (caixa alta no original).
Leia mais aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário