O tucano José Serra (PSDB-SP) não consegue controlar o mau humor diante do livro “Privataria Tucana” do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Na publicação, o repórter expõe o pesado esquema de corrupção armado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na época da privataria. Serra, que ocupou a pasta do Planejamento naqueles anos inglórios e é o principal personagem das tenebrosas transações com o patrimônio público, procurou desqualificar a obra classificando-a de “lixo”.
“Vou comentar o que sobre lixo? Lixo é lixo”, disse o
ex-governador com sua costumeira arrogância ao ser questionado sobre o
livro. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez um comentário lacônico. "Não é
uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo",
declarou. Os dois bicudos, que nos bastidores vivem às turras,
participaram nesta tarde da inauguração de uma sala da liderança tucana
na Câmara batizada de Artur da Távola.
Bicudos em guerra
Aliás, foi precisamente a guerra velada e ostensiva entre os dois líderes tucanos que originou a investigação realizada pelo jornalista mineiro, um trabalho rigoroso, amplamente documento, cuja realização demandou anos. A obra relaciona o ex-governador de São Paulo a esquema de desvio e lavagem de dinheiro do Banestado, alvo de uma CPI nos anos 1990, e acusa o tucano de usar arapongas para espionar adversários políticos.
O livro relata bastidores da disputa entre Serra e o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pela candidatura do PSDB à Presidência em 2010. O autor conta que, quando atuava como repórter do jornal O Estado de Minas, recebeu uma pauta encomendada pelo governo de Minas para que investigasse a vida de Serra. O pedido seria uma retaliação, segundo o autor, à produção de um dossiê contra Aécio por arapongas ligados ao tucano paulista.
Amaury afirma que investigou a estrutura de arapongagem de Serra, mas a publicação do material foi cancelada após acordo entre os dois tucanos. Serra criou um centro de espionagem e montagem de dossiês na Secretaria de Segurança da Anvisa durante sua gestão à frente do Ministério da Saúde, no governo Fernando Henrique Cardoso, e manteve a equipe em atividade após sua saída da pasta.
Esquema
A Privataria Tucana afirma que o ex-tesoureiro da campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, diretor da área internacional do Banco do Brasil nos anos 1990, era o mentor de um esquema de propinas, desvios e lavagem de dinheiro envolvendo privatizações e paraísos fiscais. Amaury descreve detalhes sobre as operações financeiras realizadas por Oliveira através de empresas offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.
O jornalista relaciona esse esquema a outros, que teriam sido realizados pelo genro de José Serra, Alexandre Bourgeois, pela sua filha, Verônica, e por outras pessoas próximas ao tucano. Além disso, detalha as atividades da filha de Serra na empresa que tinha em sociedade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas, também chamada Verônica. A falta de escrúpulos do personagem que alegou ter sofrido um atentado com bolinha de papel é notória.
Alguns fatos narrados no livro não são propriamente novidades, pois já tinham sido ventilados durante e depois da campanha presidencial, na qual o tucano apelou para deus e o demônio, com posições cínicas e reacionárias sobre o aborto (a que sua própria mulher recorreu), mas não conseguiu evitar uma derrota acachapante.
Lixo humano
Pelo visto, o ex-governador não tem condições de responder concretamente as acusações que lhe são dirigidas. Por isto recorre à tentativa grosseira de desqualificação. Vejam que o acusado não quer ingressar na Justiça com uma ação de calúnia e difamação contra o jornalista porque sabe que Amaury está fartamente documentado e não terá dificuldades em provar o que diz.
O livro, que virou best-seller e é um campeão de vendas, traduz uma investigação rigorosa e está longe de merecer o epíteto que lhe foi atribuído pelo desacreditado tucano. Mas não restam dúvidas de que o seu conteúdo pode ser classificado de lixo humano, o lixo imundo da conduta tucana, a corrupção descarada das privatizações, a entrega do patrimônio público a grandes capitalistas nacionais e estrangeiros, a radiografia de uma conduta corrupta e desprezível que o povo brasileiro rejeitou e derrotou, por mais de uma vez, nas urnas.
Faz falta uma CPI para apurar com maior profundidade o escândalo das privatizações, que foi de longe o maior roubo de patrimônio público da história brasileira, e a cumplicidade e participação da mídia venal no processo, mídia que faz muito ruído com denúncias contra membros dos governos Lula e Dilma, mas se refugia num eloquente silêncio quando se fala da Privataria Tucana.
Da Redação, Umberto Martins, com agências
Bicudos em guerra
Aliás, foi precisamente a guerra velada e ostensiva entre os dois líderes tucanos que originou a investigação realizada pelo jornalista mineiro, um trabalho rigoroso, amplamente documento, cuja realização demandou anos. A obra relaciona o ex-governador de São Paulo a esquema de desvio e lavagem de dinheiro do Banestado, alvo de uma CPI nos anos 1990, e acusa o tucano de usar arapongas para espionar adversários políticos.
O livro relata bastidores da disputa entre Serra e o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pela candidatura do PSDB à Presidência em 2010. O autor conta que, quando atuava como repórter do jornal O Estado de Minas, recebeu uma pauta encomendada pelo governo de Minas para que investigasse a vida de Serra. O pedido seria uma retaliação, segundo o autor, à produção de um dossiê contra Aécio por arapongas ligados ao tucano paulista.
Amaury afirma que investigou a estrutura de arapongagem de Serra, mas a publicação do material foi cancelada após acordo entre os dois tucanos. Serra criou um centro de espionagem e montagem de dossiês na Secretaria de Segurança da Anvisa durante sua gestão à frente do Ministério da Saúde, no governo Fernando Henrique Cardoso, e manteve a equipe em atividade após sua saída da pasta.
Esquema
A Privataria Tucana afirma que o ex-tesoureiro da campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, diretor da área internacional do Banco do Brasil nos anos 1990, era o mentor de um esquema de propinas, desvios e lavagem de dinheiro envolvendo privatizações e paraísos fiscais. Amaury descreve detalhes sobre as operações financeiras realizadas por Oliveira através de empresas offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.
O jornalista relaciona esse esquema a outros, que teriam sido realizados pelo genro de José Serra, Alexandre Bourgeois, pela sua filha, Verônica, e por outras pessoas próximas ao tucano. Além disso, detalha as atividades da filha de Serra na empresa que tinha em sociedade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas, também chamada Verônica. A falta de escrúpulos do personagem que alegou ter sofrido um atentado com bolinha de papel é notória.
Alguns fatos narrados no livro não são propriamente novidades, pois já tinham sido ventilados durante e depois da campanha presidencial, na qual o tucano apelou para deus e o demônio, com posições cínicas e reacionárias sobre o aborto (a que sua própria mulher recorreu), mas não conseguiu evitar uma derrota acachapante.
Lixo humano
Pelo visto, o ex-governador não tem condições de responder concretamente as acusações que lhe são dirigidas. Por isto recorre à tentativa grosseira de desqualificação. Vejam que o acusado não quer ingressar na Justiça com uma ação de calúnia e difamação contra o jornalista porque sabe que Amaury está fartamente documentado e não terá dificuldades em provar o que diz.
O livro, que virou best-seller e é um campeão de vendas, traduz uma investigação rigorosa e está longe de merecer o epíteto que lhe foi atribuído pelo desacreditado tucano. Mas não restam dúvidas de que o seu conteúdo pode ser classificado de lixo humano, o lixo imundo da conduta tucana, a corrupção descarada das privatizações, a entrega do patrimônio público a grandes capitalistas nacionais e estrangeiros, a radiografia de uma conduta corrupta e desprezível que o povo brasileiro rejeitou e derrotou, por mais de uma vez, nas urnas.
Faz falta uma CPI para apurar com maior profundidade o escândalo das privatizações, que foi de longe o maior roubo de patrimônio público da história brasileira, e a cumplicidade e participação da mídia venal no processo, mídia que faz muito ruído com denúncias contra membros dos governos Lula e Dilma, mas se refugia num eloquente silêncio quando se fala da Privataria Tucana.
Da Redação, Umberto Martins, com agências
2 comentários:
lixo é este patife do serra,que robou seu país ta provado e ainda dizem que venceria as eleiçoes para prefeito dos diferenciados paulistas,isto me da ancia de vomitos.
eu não entendo o eleitor paulista,pra ser eleito em são paulo,o candidato tem que ter uma ficha suja de corrupção e com provas materiais,assim maluf e serra vão reinando,enquando não entrar um presidente nacionalista e patriota e mande estes dois para o paredão
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