Desde dezembro, Banco Central já reduziu a selic em 11,3%, para 9,75% ao ano, mas taxa média do cartão de crédito em março continuou no mesmo patamar, de 238,3% ao ano, e caiu apenas 0,58% no caso do cheque especial, para 161,5% ao ano. Apesar dos cortes recém anunciados por Banco do Brasil e Caixa, Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diz que margens só cairão com mudanças tributárias e no resgate de dívidas.
Marcel Gomes
São Paulo - Desde dezembro, taxa básica de juro da economia, a selic,
foi reduzida pelo Banco Central (BC) em 11,3%, para um patamar de 9,75%
em março. Entretando, o corte, que visa reaquecer a economia do país,
não foi repassado na mesma proporção pelas instituições financeiras do
varejo ao consumidor final.
De acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (11) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), entre dezembro e março os bancos reduziram a taxa média para pessoa física em apenas 5,2%, para 108,8% ao ano em março, e em 5,3% para pessoa jurídica, que atingiu 54,6% ao ano no mês passado.
"O aumento da inadimplência em alguns segmentos fez com que diversas instituições financeiras elevassem algumas taxas de juros", diz o estudo, que é coordenado pelo vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, a inadimplência registrou alta de 9,6% em março na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A entidade revelou, porém que houve crescimento de 9,2% no número de registros de dívida cancelados e renegociações de crédito - um sinal de “estabilidade na taxa de inadimplência" após a alta de 2011.
São dados como esse que incentivam o governo federal a pressionar o setor bancário a reduzir o spread. Na semana passada, o Banco do Brasil anunciou corte de taxas, e a Caixa Econômica Federal fez o mesmo na segunda-feira (9).
No dia seguinte, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, esteve no Ministério da Fazenda e apresentou propostas para reduzir o spread - a diferença entre o juro que o banco paga para captar recursos e o porcentual que cobra ao emprestar aos clientes -, sobretudo de âmbito tributário e para recuperação de dívidas.
As medidas serão ainda avaliadas pelo governo, mas a percepção, principalmente após os cortes no BB e na Caixa, é que há margem para as instituições privadas - como Itaú, Bradesco e Santander - reduzirem o juro.
O estudo da Anefac mostra, por exemplo, que taxas do cartão de crédito e do cheque especial, produtos bastante utilizados pelos brasileiros, permanecem nos mesmos patamares de dezembro. No rotativo do cartão, a taxa média é exatamente a mesma: 238,3% ao ano. No caso do cheque especial, caiu apenas 0,58%, para 161,5% ao ano.
Em São Paulo, nesta quarta, para participar de uma feira do setor automotivo do Anhembi, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o governo continuará atuando para estimular a expansão do mercado consumidor.
“Estamos acelerando a economia brasileira, mas como responsabilidade e gradualmente, mantendo a inflação sob controle”, disse ele, que estima um avanço de 4% doi PIB brasileiro em 2012.
De acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (11) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), entre dezembro e março os bancos reduziram a taxa média para pessoa física em apenas 5,2%, para 108,8% ao ano em março, e em 5,3% para pessoa jurídica, que atingiu 54,6% ao ano no mês passado.
"O aumento da inadimplência em alguns segmentos fez com que diversas instituições financeiras elevassem algumas taxas de juros", diz o estudo, que é coordenado pelo vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, a inadimplência registrou alta de 9,6% em março na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A entidade revelou, porém que houve crescimento de 9,2% no número de registros de dívida cancelados e renegociações de crédito - um sinal de “estabilidade na taxa de inadimplência" após a alta de 2011.
São dados como esse que incentivam o governo federal a pressionar o setor bancário a reduzir o spread. Na semana passada, o Banco do Brasil anunciou corte de taxas, e a Caixa Econômica Federal fez o mesmo na segunda-feira (9).
No dia seguinte, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, esteve no Ministério da Fazenda e apresentou propostas para reduzir o spread - a diferença entre o juro que o banco paga para captar recursos e o porcentual que cobra ao emprestar aos clientes -, sobretudo de âmbito tributário e para recuperação de dívidas.
As medidas serão ainda avaliadas pelo governo, mas a percepção, principalmente após os cortes no BB e na Caixa, é que há margem para as instituições privadas - como Itaú, Bradesco e Santander - reduzirem o juro.
O estudo da Anefac mostra, por exemplo, que taxas do cartão de crédito e do cheque especial, produtos bastante utilizados pelos brasileiros, permanecem nos mesmos patamares de dezembro. No rotativo do cartão, a taxa média é exatamente a mesma: 238,3% ao ano. No caso do cheque especial, caiu apenas 0,58%, para 161,5% ao ano.
Em São Paulo, nesta quarta, para participar de uma feira do setor automotivo do Anhembi, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o governo continuará atuando para estimular a expansão do mercado consumidor.
“Estamos acelerando a economia brasileira, mas como responsabilidade e gradualmente, mantendo a inflação sob controle”, disse ele, que estima um avanço de 4% doi PIB brasileiro em 2012.
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