A situação do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, se tornou insustentável após as revelações contidas no vazamento do inquérito da Operação Monte Carlo, quando o Brasil ficou sabendo que ele sentou em cima da investigação contra Cachoeira e Demóstenes desde 2009.
O Procurador Geral, que já está sendo chamado de a nova versão do Engavetador Geral da República (apelido anteriormente dado ao ex-PGR Geraldo Brindeiro, que no governo FHC abortou qualquer iniciativa de investigar os escândalos de corrupção), só encaminhou denúncia contra Demóstenes e demais parlamentares envolvidos em uma organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, apenas após ser cobrado publicamente por parlamentares, mesmo tendo todas as informações sobre a quadrilha há quase três anos.
Roberto Gurgel, desde que assumiu o cargo a que foi reconduzido recentemente, tem como costume agir apenas quando provocado pelo consórcio midiático composto pelos principais meios de comunicação do país, cujos participantes tem atuação político-partidária conhecida porém não assumida de aliança com os partidos de oposição ao governo federal: PSDB, DEM e PPS.
Com a manipulação do noticiário no sentido de direcionar as baterias apenas contra determinados grupos políticos, a proteção da sociedade fica sujeita a coloração partidária dos envolvidos.
Enquanto denúncias, na maioria das vezes inconsistentes, de ministros de Lula e Dilma recebiam atenção especial por parte do Procurador que batia recordes na velocidade de apresentação de denúncias, outros crimes que não frequentaram as páginas dos jornalões foram simplesmente ignorados por aquele que deveria ser o guardião da moralidade dos agentes públicos dos três poderes.
Foi assim com os envolvidos na Operação Monte Carlo, mas também em diversas ocasiões em que os denunciantes não foram jornalistas do consórcio mediático, como no recente caso das denuncias contidas no livro do jornalista (renegado) Amaury Ribeiro Junior, A Privataria Tucana, que revelou as entranhas dos processos de privatização no Governo Fernando Henrique Cardoso e o enriquecimento dos seus operadores, como o atual candidato a Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra.
Os fatos, baseados em documentos que podem ser facilmente rastreados, narrados pelo jornalista, envolvem os denunciados em crimes de peculato, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro, mas não provocaram nenhum tipo de reação por parte do P.G.R., que também em nenhum momento se manifestou nas manobras adotadas pela banqueiro Daniel Dantas, e seus prepostos na imprensa, para anular o inquérito e os efeitos da Operação Satiagraha, responsável pela prisão do mesmo.
O banqueiro, que tivera sido preso por duas vezes para não atrapalhar as investigações e pressionar testemunhas, recebeu dois Habeas Corpus do então presidente do STF, e pode exercer plenamente sua estratégia para inviabilizar as provas contra ele mesmo.
Enquanto abafa e engaveta casos envolvendo organizações criminosas com integrantes da oposição, podemos lembrar que o mesmo Procurador Geral carregou nas tintas no processo que a imprensa denomina como “Mensalão” que agora vamos descobrindo mais detalhes que apontam para uma estratégia para derrubar o presidente Lula, eleito democraticamente.
Diante dos fatos, e por não demonstrar em nenhum momento a isenção, imparcialidade e moralidade para desempenhar função de tamanha responsabilidade, o Conselho Nacional do Ministério Público precisa urgentemente apresentar denúncia de, no mínimo, prevaricação e abrir processo de perda do cargo, e só resta ao P.G.R renunciar ao cargo, correndo, para não destruir qualquer resquício de reputação da instituição que representa, já abalada por um histórico de proteção aos poderosos.
Por enquanto ele está sendo acusado apenas de prevaricação, mas devido à revelação da existência dos tentáculos de Cachoeira também no poder judiciário, eu não duvido de mais nada e não me surpreenderia se o ilustríssimo estivesse envolvido com a organização criminosa desmontada pela Polícia Federal, afinal o mesmo Cachoeira que desencadeou (e se beneficiou) do “mensalão” que revoltou o P.G.R é também um dos favorecidos pela falta de empenho e vontade de Roberto Gurgel em encaminhar denúncia ao S.T.F.
Por LEN
O Procurador Geral, que já está sendo chamado de a nova versão do Engavetador Geral da República (apelido anteriormente dado ao ex-PGR Geraldo Brindeiro, que no governo FHC abortou qualquer iniciativa de investigar os escândalos de corrupção), só encaminhou denúncia contra Demóstenes e demais parlamentares envolvidos em uma organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, apenas após ser cobrado publicamente por parlamentares, mesmo tendo todas as informações sobre a quadrilha há quase três anos.
Roberto Gurgel, desde que assumiu o cargo a que foi reconduzido recentemente, tem como costume agir apenas quando provocado pelo consórcio midiático composto pelos principais meios de comunicação do país, cujos participantes tem atuação político-partidária conhecida porém não assumida de aliança com os partidos de oposição ao governo federal: PSDB, DEM e PPS.
Com a manipulação do noticiário no sentido de direcionar as baterias apenas contra determinados grupos políticos, a proteção da sociedade fica sujeita a coloração partidária dos envolvidos.
Enquanto denúncias, na maioria das vezes inconsistentes, de ministros de Lula e Dilma recebiam atenção especial por parte do Procurador que batia recordes na velocidade de apresentação de denúncias, outros crimes que não frequentaram as páginas dos jornalões foram simplesmente ignorados por aquele que deveria ser o guardião da moralidade dos agentes públicos dos três poderes.
Foi assim com os envolvidos na Operação Monte Carlo, mas também em diversas ocasiões em que os denunciantes não foram jornalistas do consórcio mediático, como no recente caso das denuncias contidas no livro do jornalista (renegado) Amaury Ribeiro Junior, A Privataria Tucana, que revelou as entranhas dos processos de privatização no Governo Fernando Henrique Cardoso e o enriquecimento dos seus operadores, como o atual candidato a Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra.
Os fatos, baseados em documentos que podem ser facilmente rastreados, narrados pelo jornalista, envolvem os denunciados em crimes de peculato, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro, mas não provocaram nenhum tipo de reação por parte do P.G.R., que também em nenhum momento se manifestou nas manobras adotadas pela banqueiro Daniel Dantas, e seus prepostos na imprensa, para anular o inquérito e os efeitos da Operação Satiagraha, responsável pela prisão do mesmo.
O banqueiro, que tivera sido preso por duas vezes para não atrapalhar as investigações e pressionar testemunhas, recebeu dois Habeas Corpus do então presidente do STF, e pode exercer plenamente sua estratégia para inviabilizar as provas contra ele mesmo.
Enquanto abafa e engaveta casos envolvendo organizações criminosas com integrantes da oposição, podemos lembrar que o mesmo Procurador Geral carregou nas tintas no processo que a imprensa denomina como “Mensalão” que agora vamos descobrindo mais detalhes que apontam para uma estratégia para derrubar o presidente Lula, eleito democraticamente.
Diante dos fatos, e por não demonstrar em nenhum momento a isenção, imparcialidade e moralidade para desempenhar função de tamanha responsabilidade, o Conselho Nacional do Ministério Público precisa urgentemente apresentar denúncia de, no mínimo, prevaricação e abrir processo de perda do cargo, e só resta ao P.G.R renunciar ao cargo, correndo, para não destruir qualquer resquício de reputação da instituição que representa, já abalada por um histórico de proteção aos poderosos.
Por enquanto ele está sendo acusado apenas de prevaricação, mas devido à revelação da existência dos tentáculos de Cachoeira também no poder judiciário, eu não duvido de mais nada e não me surpreenderia se o ilustríssimo estivesse envolvido com a organização criminosa desmontada pela Polícia Federal, afinal o mesmo Cachoeira que desencadeou (e se beneficiou) do “mensalão” que revoltou o P.G.R é também um dos favorecidos pela falta de empenho e vontade de Roberto Gurgel em encaminhar denúncia ao S.T.F.
Por LEN
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