Instituição disse que 'ex-servidoras' foram responsabilizadas pelo erro. Segundo alunos, carteiras de crianças eram usadas desde 2011.
A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São
Paulo (USP), que fica no campus da instituição na Zona Leste de São
Paulo, admitiu ter realizado uma "compra indevida" de carteiras
escolares de tamanho infantil, que foram usadas nas salas de aula dos
estudantes dos cursos de ensino superior da unidade. Em reportagem do
jornal "Agora São Paulo", alunos afirmaram que as carteiras feitas para
crianças não oferecem apoio adequado para as costas de pessoas maiores.
Depois das reclamações, a direção da EACH-USP anunciou que vai trocar
"gradativamente" as carteiras infantis por carteiras "de dimensões mais
adequadas".
A estudante Ivie Macedo, de 23 anos, afirmou ao G1 que as carteiras apareceram em meados de 2011 e ainda podem ser encontradas em algumas salas de aula.
De acordo com Ivie, nas carteiras só cabem estudantes de porte pequeno.
"É difícil para uma pessoa de média estatura sentar, e para pessoas com
estatura maior ou então gordinhas é inviável", afirmou a aluna, que
cursa o quarto ano de gestão de políticas públicas e é diretora do
Centro Acadêmico Herbert de Sousa (CAHS).
Em nota, a direção da escola afirmou que fez uma sindicância e um
processo administrativo para "apurar a responsabilidade pela compra
indevida" e que, aplicou as "punições cabíveis" para "duas
ex-servidoras".
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da
faculdade não informou quantas carteiras de tamanho infantil foram
compradas para uso de universitários, por quanto tempo elas foram
oferecidas para uso dos estudantes nem quando será concluída a
substituição por carteiras indicadas para uso de jovens e adultos. Leia
trecho do comunicado:
"Quanto às cadeiras escolares adquiridas em tamanho menor que o
indicado para alunos universitários, a Direção promoveu sindicância e
processo administrativo para apurar a responsabilidade pela compra
indevida. Neste processo, já concluído e com decisão apoiada pelo
Conselho Técnico Administrativo (CTA), foi constatada a responsabilidade
de duas ex-servidoras não docentes da EACH, que receberam as punições
cabíveis. As carteiras menores estão sendo gradativamente substituídas
pelas de dimensões mais adequadas."
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