Durante a exibição dos principais gols do domingo, o programa
Fantástico, da Rede Globo, costuma promover uma brincadeira na qual o
jogador que marca três gols tem direito a pedir uma música para que
sirva de trilha sonora enquanto os tentos são mostrados na TV.
Não é raro boleiro que faz "apenas" dois gols ficar lamentando não
poder ter atingido o objetivo do programa e assim poder participar da
brincadeira. Só que, dessa vez, alguém resolveu que não queria brincar e
declinou do "prêmio" de poder escolher uma música para ser tocada na
atração dominical.
Aconteceu com o atacante argentino Herrera, autor de três gols na
vitória do seu clube, o Botafogo, de virada, por 4 a 2, sobre o São
Paulo. "Música para quê?", questionou ele, quando abordado pelo repórter
da emissora Marcelo Courrege. "Não, eu não peço música, não", respondeu
após ser informado pelo profissional da Globo sobre como funcionava a
brincadeira do programa. E o repórter insistiu: "Nem em castelhano?
"Não, nenhuma", respondeu, em seu direito, o jogador.
Só que a atitude de Herrera não foi bem recebida por outro repórter
da Globo, Marco Aurélio Souza, que resolveu ir ao Twitter para criticar o
atacante argentino: "golaço do Fantástico. Tratou com normalidade e
humor o babaca do Herrera".
Uma agressão boba e sem sentido do profissional da emissora.
Desnecessária. Herrera, como qualquer outro jogador, tem o direito de se
negar a participar da brincadeira do programa da Globo. Ou não?
Depois, provavelmente vendo a bobagem que fez, ele apagou o tuíte e
escreveu uma nova mensagem, ainda raivosa, mas bem mais democrática.
"Liberdade. O jogador tem o direito de não pedir música. Liberdade. No
meu twitter, escrevo o que bem entender", postou, com autoridade.
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