terça-feira, 10 de julho de 2012

O povo da lei contra a lei e outros bons sinais

Por Ivan Moraes Filho

“(O uso de drogas) é uma conduta privada que não atinge a terceiros. Em uma democracia, o Estado não pode intervir”.

Agora tente adivinhar quem disse isso.

1) Um maloqueiro;
2) Uma adepta do xamanismo tropical psicodélico;
3) Uma anarquista graças a Deus
4) Uma juiza de direito.

Acertou quem respondeu a opção 4. Maria Lúcia Karam é uma magistral magistrada que compreende o absurdo da guerra contra as drogas no Brasil e no mundo. Compreende o custo social e letal da proibição do Brasil e criou o capítulo nacional da Leap (Law Enforcers Against Prohibition), algo como “Agentes da Lei contra a Proibição”, uma organização internacional que defende a descriminalização  e a regulamentação mundial do mercado das drogas.

No Brasil, a organização já conta com 47 agentes da lei de 12 estados, a maioria policiais civis da ativa, que vêem no dia a dia que a política coercitiva não dá certo nem mesmo para impedir o consumo dessas substâncias. Muito boa a entrevista dela que vi no site www.bancodeinjusticas.org.br.

E foi com muita alegria que vi, no mesmo dia, a campanha protagonizada por atores e atrizes que personificam casos que ilustram muito bem a barbaridade da criminalização, o que só me faz acreditar que a legalização virá em questão de tempo. E quem tiver paciência, verá.

Agora você me responda: é justo isso?


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