Britânicos afirmaram que podem invadir embaixada equatoriana em Londres caso asilo político seja concedido a Julian Assange, fundador do site Wikileaks
A Assembleia Nacional (AN) do Equador analisará nesta quinta-feira,
durante uma sessão extraordinária, a comunicação enviada pelo Reino
Unido sobre o caso do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que o
país sul-americano considerou uma "ameaça".
A sessão, que suspende o recesso legislativo no qual se encontravam
os membros da Assembleia, "não analisará o tema Julian Assange, e sim a
ameaça insólita e prepotente de invadir nossa embaixada em Londres",
explicou o presidente da AN, o governista Fernando Cordero.
Na sessão extraordinária, será apresentada para a análise do plenário
a comunicação enviada pelo Governo do Reino Unido à Chancelaria do
Equador.
"Com base nos princípios constitucionais, Fernando Cordero Cueva,
titular da Legislatura, qualificou esse incidente como uma intolerável
ameaça britânica", finaliza o comunicado.
O governo do Equador denunciou nesta quarta-feira que recebeu um
relatório do Governo do Reino Unido ameaçando produzir ações para
prender Assange, que solicitou asilo político ao país sul-americano e se
encontra na embaixada equatoriana em Londres desde meados de junho.
A Suécia requer a extradição de Assange para que este responda às
denúncias de supostos delitos sexuais praticados no país. O fundador do
WikiLeaks, no entanto, suspeita que essa seja apenas uma forma de
proceder à sua extradição aos Estados Unidos. O chanceler
equatoriano, Ricardo Patiño, informou que o Governo de seu país
anunciará na manhã desta quinta-feira sua decisão sobre o pedido de
asilo político de Assange.
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