Presidente da Fifa desde 1998, Joseph Blatter foi pressionado
publicamente a explicar acusações de corrupção. O juiz alemão Joachim
Eckert, desde julho co-presidente da Comissão de Ética da Fifa, exigiu
esclarecimentos de Blatter, ameaçando: ou ele faz isso ou vai embora da
entidade.
Eckert comentou o assunto em entrevista publicada nesta semana pela revista alemã Focus.
Cobrando uma nova atitude na guerra contra a corrupção, o juiz disse
que a associação deve ter "total transparência", com todos os seus
membros sendo "obrigados a fornecer informações", sem "discriminação de
cargos".
Nas palavras do alemão, isso quer dizer que Blatter "ou esclarece tudo"
referente às acusações de corrupção "ou vai embora". O suíço é
presidente da Fifa desde junho de 1998, quando foi eleito o sucessor do
brasileiro João Havelange.
Em março passado, Blatter anunciou mudanças na Comissão de Ética da
Fifa, dividindo o órgão responsável por investigar denúncias de
corrupção em dois, sendo um para investigar as acusações e outro para
julgá-las.
O presidente endureceu a guerra contra a corrupção em meio ao escândalo
de corrupção da ISL, no qual Havelange e Ricardo Teixeira, ex-presidente
da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foram acusados de
receberam suborno da empresa de marketing em troca de vantagens na venda
de direitos de imagem das Copas do Mundo nos anos 1990.
No ano passado, foi anunciado que o próprio Blatter seria investigado
pela Comissão de Ética. Ele foi acusado por um adversário na candidatura
à presidência da Fifa, Bin Hamman, de não divulgar que conhecia
alegados casos de suborno.
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