sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Os novos ministros do STF: os possessos Merval Pereira, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes

Por que, afinal, eles não estão no STF?

Foto: Montagem/247

Juízes dos réus da Ação Penal 470 e dos próprios ministros da corte, jornalistas que se pretendem porta-vozes da opinião pública, como Merval Pereira, Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, só aceitam uma sentença: a condenação. O problema é que, por melhor que seja a retórica, seus argumentos jurídicos nem sempre ficam de pé

Ainda em 2012, três vagas serão abertas no Supremo Tribunal Federal. Estão de saída Cezar Peluso, que se aposenta compulsoriamente em 3 de setembro, o decano Celso de Mello, que antecipará sua aposentadoria por motivos de saúde e o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, que cogita uma candidatura ao Senado, pelo estado de Sergipe, em 2014.

Ainda não se sabe que nomes serão submetidos à presidente Dilma Rousseff, mas há três candidatos na imprensa brasileira. São eles os jornalistas Merval Pereira, do Globo, Reinaldo Azevedo, de Veja, e Augusto Nunes, também da editora Abril.

Mais do que meros repórteres e observadores da realidade, eles são juízes não apenas dos réus, mas dos próprios ministros da suprema corte. Os três estão possessos com o voto do ministro Ricardo Lewandowski que, ontem, absolveu João Paulo Cunha. Mas por melhor que seja a retórica, os argumentos jurídicos nem sempre ficam de pé.

Merval Pereira, por exemplo, publica nesta sexta-feira a coluna “Sem nexo”, cujo título sobre o voto de Lewandowski é autoexplicativo. “O voto de ontem confirma as piores expectativas com relação ao trabalho do revisor do processo”, diz Merval. O colunista argumenta que não há nexo no voto de Lewandovski porque, na véspera, ele condenou Henrique Pizzolato, que, no Banco do Brasil, contratou a DNA e recebeu R$ 326 mil e, no dia seguinte, absolveu João Paulo Cunha, que, na Câmara dos Deputados, também contratou a DNA e recebeu R$ 50 mil.

O erro na argumentação, no entanto, é simples. Se todos os saques no Banco Rural estivessem ligados a supostas contratações dirigidas de serviços publicitários, como explicar então as retiradas feitas por personagens como Paulo Rocha, Professor Luizinho e tantos outros políticos? A razão é simples: os saques, determinados pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, estão vinculados a gastos de campanha – como era o caso de João Paulo Cunha.

Reinaldo Azevedo, por sua vez, coloca-se acima do juízo dos réus e dos ministros do STF. Ele é juiz da própria história. Também possesso com o voto de Lewandowski, ele argumenta que “maior do que o PT, a história espreita suas respectivas biografias” (leia mais aqui). Diz Reinaldo: “a única diferença entre os casos João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato é a soma de dinheiro envolvida na tramoia. Aquele repassou para a agência do Valério pouco mais de R$ 76 milhões pertencentes ao banco; o deputado, pouco mais de R$ 10 milhões. Aquele recebeu R$ 326 mil da agência do empresário (diz ter repassado a alguém do PT…); o deputado, R$ 50 mil. Aquele estava pessoalmente envolvido na liberação dos recursos; o deputado também.” O argumento cai da mesma maneira. Fosse propina pela contratação de serviços publicitários, como explicar os saques dos demais políticos?

Dos três candidatos ao STF, no entanto, o que menos argumenta e mais adjetiva em seus artigos é Augusto Nunes. Na sua visão, a absolvição de João Paulo Cunha proposta por Ricardo Lewandowski foi “absurda” e o ministro revisor, em vez de juiz digno, não passa de um “afilhado de Marisa Letícia” (leia mais aqui), como se tivesse chegado ao STF apenas pela indicação de uma ex-primeira-dama.

Brasil 247

Sugestão de postagem: BLOG DO SARAIVA 

Um comentário:

José da Mota disse...

Lewandowski

Lewandowski o primeiro dos heróis do STF a erguer a voz.
Luz vem a mando divino, e do nada me despertou para a injustiça criada sob o jargão publicitário "Mensalão do PT" sob propósitos políticos obscuros para derrubar o governo da época, Lula, e toda a esquerda emergente que o apoia. Injustiça criada da deixa de um enfermo mental e ou traidor que diz e contradiz-se à cada instante, e agora alega que foi tudo por inveja, do Zé Dirceu. E por isso queria acabar com a vida dele. Cabe a história julgar se foi verdade o surto psicótico, ou traição.
Disparei a escrever incessantemente, apesar de minhas limitações para tanto, sobre o mote foram de 30 a mais artigos neste Blog afirmando e reafirmando que o Jargão "Mensalão do PT" era mentira. Usada como cortina de fumaça para uma tentativa de golpe branco contra o Brasil.
Em algum dos artigos, fazendo jus à história, afirmo que o golpe branco só não foi bem sucedido. Porque a pressa imposta por alguns da grande mídia para que o STF votasse o pseudo "Mensalão do PT" e congresso o impeachment do Lula, era demasiadamente grande, quase impossível de se conter.
Enquanto nossos políticos sequer percebiam o que acontecia, alguns petistas já caíam na armadilha e se manifestavam em abandonar o partido, cassar Zé Dirceu e ou que se votasse o mensalão e o impeachment de Lula na pressa que grande parte da grande mídia exigia.
Mas no meio do estardalhaço midiático jogando a reputação de homens brasileiros de valor às masmorras. Heróis brasileiros se ergueram e impediram o golpe.
A maioria de nossos ministros do STF, inclusive o injustiçado e cassado por grande parte da grande mídia, talvez por isso, Gilmar Mendes. Peça fundamental no processo de barramento do golpe, ou como Procurador Geral da República ou já como Ministro do STF. Mas hoje é o dia de outro grande herói brasileiro, que enfrentou a mais árdua tarefa desta guerra no momento. Ricardo Lewandowski.
Sem encontrar palavras por maior fosse o texto que prestasse a escrever, arrisquei à um poema e ou poesia para lhe agradecer. Minha humilde formação não me permite afirmar se poema ou poesia, ou se ambos. Mas meu coração cheio de gratidão ditou-me as seguintes palavras sob o título
Lewandowski um verdadeiro patriota:

Lewandowski saber
Da pátria mãe fiel ser
Valente rijo
Causa corrijo

Vida arrisca só
Nobre pródigo
À nação se doa ao pó
Filho és intrépido

Tirania iluminou
injustiça viu cercou
Guardou pátria amada
De mortal emboscada

Têmis Dirce Justitia
Filho combate mente
Luta fria da injustiça
Jurisprudência vence

Filho ama mãe gentil
Bravo à pátria
Grato lhe és o Brasil
À são, Lewandowski.

José da Mota - josedamota.blogspot.com

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