Reviravoltas captadas pelas últimas pesquisas colocam em risco as candidaturas de Arthur Virgílio Neto, em Manaus, ACM Neto, em Salvador, Cícero Lucena, em João Pessoa, e Moroni Torgan, em Fortaleza; maiores beneficiados são candidatos do PT, do PC do B e do PSB
Há uma onda vermelha se formando no horizonte?
Aparentemente, sim. E os mais prejudicados são os candidatos da
oposição, que contavam com algumas vitórias em cidades estratégicas,
como Salvador, Fortaleza e Manaus.
De acordo com um levantamento publicado nesta
segunda-feira pelo jornal Valor Econômico, nas cidades onde houve maior
alteração nas pesquisas, os mais prejudicados foram candidatos de
partidos da oposição ao governo federal, como DEM e PSDB.
O caso mais emblemático é Salvador, cidade com 1,8
milhão de eleitores. Entre 12 e 27 de setembro, o demista ACM Neto, que
sonhava com vitória em primeiro turno, caiu de 39% a 31%, enquanto
Nelson Pelegrino, do PT, foi de 27% a 34%. O petista tem ainda uma
vantagem, que é o provável apoio de Mário Kertesz, do PMDB, no segundo
turno.
Outra esperança que se esvai para o DEM é Fortaleza,
que tem 1,6 milhão de eleitores. Moroni Torgan, que tinha 27% em 22 de
julho, caiu para 18% e foi ultrapassado tanto por Elmano de Freitas, do
PT, com 24%, como por Roberto Cláudio, do PSB, que tem 19%. Na capital
cearense, o que se desenha é uma disputa entre o grupo da prefeita
Luizianne Lins, do PT, e do governador Cid Gomes, do PSB.
Também no Nordeste, há o caso de João Pessoa, onde
Cícero Lucena, do PSDB, caiu de 26% para 20%, enquanto Luciano Cartaxo,
do PT, foi de 14% a 29%. O tucano corre o risco de ficar fora do segundo
turno, porque é seguido de perto pelo ex-governador da Paraíba José
Maranhão, que tem 18%.
No Norte, Manaus, com 1,2 milhão de eleitores, é uma
cidade que também coloca em risco o que antes parecia uma provável
vitória do PSDB, com Arthur Virgílio Neto. Desde o início da corrida
eleitoral, ele liderou todas as pesquisas, mas agora está em empate
técnico com Vanessa Grazziotin, do PC do B. Ambos estão com 29%.
Se a onda vermelha continuar crescendo daqui até 7 de
outubro, os candidatos da oposição correm o risco de se afogar e morrer
na praia.
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