sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Arnaldo Jabor e a patifaria

Arnaldo Jabor dá ares sofisticados às posições políticas mais conservadoras do país em suas crônica no Jornal da Globo. Aquele do "interlocutor" com o governo estadunidense, Willian Waack, segundo o Wikileaks. A última dele, no dia 10 de janeiro, foi dizer que existem na Venezuela 50 mil milicianos para garantir o “golpe de Estado” ao defender a posse do presidente eleito, Hugo Chávez. Somam-se a esses 50 mil, segundo a mente doentia de Jabor 60 mil cubanos.

Esta criatura feita de carbono defende ainda que a Argentina, a Bolívia e o Equador vivem uma ditadura ou “subditadura”. Em sua lógica o Uruguai também. Sobre o Brasil diz ainda somos simpatizantes de um “fascismo tropical”. Jabor chamou Chávez de “Mussolini”. Acusa-nos de receber ordens dos irmãos Castro em Cuba.

Ele nunca falou nada sobre seu colega de telejornal e suas relações com o Estado Maior estadunidense.

Seria cômico se não fosse trágico o fato de todos os presidentes citados terem sido eleitos e alguns reeleitos em seus países. Todos os poderes da Venezuela respaldaram a decisão do adiamento da cerimônia de posse. Até a Organização dos Estados Americanos (OEA) referenda essa decisão.

José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA disse que "o Executivo propôs, o Legislativo considerou e o Judiciário resolveu. As instâncias estão esgotadas, não falta o pronunciamento de nenhum poder".

Posição da OEA é a mesma dos Estados Unidos (EUA). Ouse já, até o império não ousa questionar os trâmites adotados pelo Estado venezuelano.

Jabor ainda acusa o aparelhamento do Supremo Tribunal da Venezuela. O que ele não diz é que lá os ministros da suprema corte são eleitos. Respondem ao povo e não ao poder econômico.

Destaca que a maioria dos governos estaduais serem “chavistas”. Ora, nenhum dos governadores foi nomeado, todos eleitos democraticamente. Até mesmo o Caprilles, líder da oposição.

O cronista global ainda tem a audácia de chamar o povo venezuelano de burro por defender as conquistas dos governos de Hugo Chávez.

Arnaldo Jabor é a cara de nossa elite raivosa e desesperada com o levante dos povos latino-americanos. Povos que não se sujeitam mais aos fricotes do império do Norte.

Um programa de televisão, qualquer que seja ele, noticioso ou não, da Rede Globo falar em ditadura é no mínimo um desrespeito ao povo brasileiro. A Globo foi fundamental para a consolidação da ditadura (civil) militar no Brasil.

A Globo só é “A Globo” por causa das bondades ditatoriais.

Mas a elite é assim mesmo. Só respeita a si e a seus bolsos. São agentes da patifaria.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...