As ciclofaixas de finais de semana nas grandes ruas e avenidas da cidade de São Paulo expõem os ciclistas a um imenso risco para a saúde. O ato de pedalar é um exercício, e os ciclistas percorrem grandes distâncias ao lado do transito congestionado. Os motores dos carros, ônibus, estão ligados sempre em um imenso engarrafamento, despejando na atmosfera grande quantidade de monóxido de carbono. O Dr. Ubiratan de Paula Santos cita um estudo feito em Nova York: mostrou que 30 minutos de exercício em locais poluídos, como as grandes avenidas de São Paulo, elevam o monóxido de carbono no sangue a nível equivalente a fumar 10 cigarros. O ozônio é outro vilão para os ciclistas, provoca asma e irritação ocular. Quando se pratica qualquer exercício físico, como pedalar uma bicicleta, ocorre aumento dos batimentos cardíacos, aumento da respiração, e isso exige uma quantidade maior de oxigênio, mas o que os ciclistas estão inalando é uma grande quantidade de monóxido de carbono. O monóxido de carbono, CO, é um gás incolor, inodoro que causa grandes danos cardiovasculares e respiratórios; quando inalado em grande quantidade, leva à morte. Não entendo por que a Secretaria de Saúde do Estado e da prefeitura, o próprio Ministério da Saúde, não fazem esse alerta para a população de ciclistas de finais de semana, não tomam uma providência contra esse absurdo. Por que os médicos não vão nas ciclofaixas colher sangue arterial dos ciclistas para ver a dosagem de CO e o baixo O2, oxigênio? O O2 tem que estar presente em todo o organismo humano, no sangue que faz o transporte do oxigênio para todo o orgnismo; a porcentagem normal é de 95% a 100%, e é mais do que óbvio que essa porcentagem vai estar muito mais baixa que o valor normal. Os ciclistas devem exigir ciclovias distantes da poluição direta, como em parques, sem carros e ônibus ao seu lado lançando monóxico de carbono. A USP poderia ser aberta aos ciclistas nos finais de semana: tem lindas alamedas arborizadas com muito oxigênio. Como o parque do Ibirapuera, o parque Vila Lobos, o Trianon e tantos outros espalhados na cidade. É um absurdo usar as grandes avenidas, como a Paulista, que fica com o trânsito congestionado mesmo aos domingos e feriados, e expor os ciclistas ao risco dos males à saúde causados pelo monóxido de carbono.
Jussara Seixas [Editora do Terra Brasilis - São Paulo]
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