sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Aécio e Eduardo Campos sofrem derrota de 9 votos no Senado

Na eleição para presidente do Senado, o candidato Pedro Taques (PDT-MS), encampado pela oposição, engrossada pelo PSB do governador Eduardo Campos, teve 18 votos. O vencedor, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve 56, houve 2 votos em branco e 2 nulos, totalizando 78 votos, dos 81 senadores.  

Campos e Aécio Neves apoiaram Taques, mas não foi para vencer. Esperavam algo entre 20 e 25 votos, no mínimo. Na ponta do lápis poderia chegar a 27 votos (11 senadores do PSDB, 4 do PSB, 4 do DEM, 5 do PDT, 1 do PSOL e 2 dissidentes do PMDB, Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos).  

A votação abaixo da expectativa significou uma derrota política e mostrou que a liderança dos dois caciques anda aquém de suas pretensões.  

O apoio de Aécio a Taques, improvisado de última hora, e feito de forma discreta, sem o tradicional denuncismo virulento que a oposição costuma recorrer, comprova que os tucanos apenas jogaram para a torcida, em jogo de compadres combinado com Renan, do tipo: "olha, você ganha o jogo, mas deixa a gente fazer um golzinho de honra". Tanto é verdade que o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), primo e ligadíssimo a Aécio, declarou voto em Renan. Se os tucanos quisessem causar embaraços para valer, teriam pressionado Dornelles para votar em Taques.  

O PSDB de Aécio havia fechado um acordo com Renan no final da CPI do Cachoeira. Por esse acordo, Renan apoiou os tucanos contra o relatório de Odair Cunha (PT-MG) para não indiciar o governador Marconi Perillo (PSDB-MG), nem incluir o fato de Aécio ter nomeado uma sobrinha do bicheiro em um cargo de chefia no governo de Minas a pedido de Cachoeira por intermédio de Demóstenes Torres (ex-DEM/GO). Em troca, os tucanos não criariam complicações que colocasse em risco a pretensão de Calheiros voltar a presidir o Senado.  

No caso de Eduardo Campos (PSB-PE) prevaleceu o calculismo político. Quer crescer na marra para chegar a ser presidente da República e vê o PT e o PMDB apenas como concorrentes e não como possíveis aliados. Apoiar Renan seria fortalecer o PMDB sem ganhar nada com isso, logo faz mais sentido marcar posição contra. É do jogo. Só precisa tomar cuidado com erros de cálculo, para não repetir a trajetória do candidato do PSB em 2002, Garotinho, que subiu traindo Leonel Brizola e, na falta de um projeto político mais consistente, que fosse além da ambição pessoal, acabou decaindo e procura retomar seu rumo a duras penas.  

A vitória de Renan é dele e do PMDB, inclusive com os riscos de tornar-se alvo de novas e velhas denúncias. O governo Dilma não interferiu, numa decisão que cabe à maioria dos senadores, e essa própria maioria compõe a base governista e adotou a tradição de deixar para a maior bancada indicar o presidente da casa. Agora, Renan tem o desafio de atravessar seus dois anos de mandato sem virar alvo da sanha denuncista da oposição, principalmente se verem nele um alvo que venha a calhar para desgastar o governo Dilma. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Este Eduardo Campos se acha mesmo o coronel , ele deveria cuidar da seca que ainda assola e como o NE mas ele so visa no momento da rasteira em Dilma ou tomar o lugar de Temer- pobre alma desolada vende ate a mãe imagina o resto

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