segunda-feira, 11 de março de 2013

Cuiabá e Copa do Mundo


Várias entidades não governamentais e lideranças sociais que integram o Comitê Jogos Limpos chamaram os dois candidatos que disputavam o segundo turno e apresentaram um documento para que fosse subscrito por ambos. 

Nele havia claramente que, qualquer que fosse o vencedor, adotaria algumas diretrizes para que o esporte e o lazer tratado pelo município fosse prioritariamente escolar, de formação e não de competição.  

Não é função do poder público formar atletas para o rendimento, mas através das práticas socializadoras prepará-lo para ser cidadão, com bons hábitos, inclusive, da prática regular de atividades físicas e, sobretudo, para o exercício da cidadania. O caráter pedagógico a ser implantado deveria ser capaz de revolucionar e ajudar a desenvolver uma cultura esportiva de paz.

 A Copa do Mundo deixará como legado uma estrutura esportiva interessante e precisa antecipadamente de um projeto para a sua utilização social. Não adianta o alcaide dizer que o executor das obras é o governo do Estado e o grande financiador é o governo federal.


Todos nós sabemos que a origem dos recursos é do governo federal, assim como a Copa do Mundo ser uma conquista do governo capitaneado por Lula. Isso é fato. 

O problema é que o evento acontece no território do Município, os bens construídos permanecerão também em Cuiabá e somente o Município tem as condições de implantar um programa de esporte e lazer a partir das escolas públicas para a utilização pelos alunos nas suas práticas, como lazer e como indutor de condutas socializantes e integradoras voltadas a paz nos estádios, ginásios e em outros locais de competição. 

Para tanto é necessário planejamento, construção de um programa, competência e vontade política. 

Acredito que o Município e antigo e o atual alcaide ficaram encantado com o Hino Nacional e deram outra interpretação a estrofe “Deitado em berço esplendido (...)“, tal a vagareza em tomar decisões. 

Um acabou o mandato sem tê-las feito e o outro segue o mesmo rumo. 

O Programa Segundo Tempo, que é mantido com recursos do governo federal poderia avançar se houvesse o incremento e a participação do município e não apenas a atividade repassadora. 

Existem outros programas.  

Cuiabá precisa integrar-se aos programas de esporte e lazer do governo federal que é conduzido pela Presidenta Dilma, nenhum gestor público pelos seus projetos pessoais tem o direito de privar a sociedade de benefícios que demandam de vontade política, competência e ação.


Ainda que esse governante tenha desdenhado do alinhamento aos programas do governo federal, mesmo que tenha de engolir sua ironia, de modo algum, pode furtar-se ao dever de buscar o melhor para a cidade e sua gente. 

E de engolir o que foi dito... 

Não será nenhum esforço. 

Marco Antonio Veiga

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