Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em Porto Alegre, o militante do PDT e ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos Araújo, disse que empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) "não só financiaram, mas estimularam e assistiram às sessões de tortura" durante o regime militar; segundo ele, essa "direita raivosa" ainda está integrada às atividades da Fiesp
Empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) teriam financiado e até participado de sessões de tortura
durante a ditadura militar. A revelação foi feita nesta segunda-feira
pelo militante do PDT e ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos
Araújo, durante depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em Porto
Alegre.
Segundo Araújo, esses empresários "não só financiaram, mas
estimularam e assistiram às sessões de tortura". Militante da VPR, o
ex-marido de Dilma pediu que a comissão investigue o "núcleo de tortura
da Fiesp". "Não foram poucos os empresários que foram para as salas
estimular os torturadores e se envaidecer com a tortura dos nossos
companheiros", disse o ex-deputado
Apesar das denúncias, Araújo não citou nomes de empresários
envolvidos, nem disse se foi submetido a interrogatório diante de
integrantes da Fiesp. Contudo, o ex-militante do VPR disse que a
federação financiava a Operação Bandeirante (Oban) e, posteriormente, o
DOI-CODI. Ele disse ainda que considera relevante a investigação, porque
essa "direita raivosa" ainda está integrada às atividades da Fiesp.
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