247 - A criação de empregos formais surpreendeu
no mês de junho: foram abertas 123.836 vagas de trabalho, quase 72% a
mais do que o volume visto em maio, de 72.028 empregos. O resultado do
mês passado também foi melhor do que o visto um ano antes, de 120.440
postos, nos dados sem ajustes, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta
terça-feira 23.
Em maio, no último dado disponível, a taxa de desemprego mostrou
resistência ao se manter em 5,8%, marcando o quinto mês sem queda, ao
mesmo tempo em que o rendimento da população recuou pelo terceiro mês
seguido. Entre janeiro e junho passados, foram abertas 826.168 vagas com
carteira assinada no País. O mercado de trabalho é um dos principais
responsáveis pela sustentação da economia.
Os baixos índices de desemprego do País são frequentemente destacados
pela presidente Dilma Rousseff em seus discursos, que costuma comparar o
Brasil com países da Europa, atualmente sob forte crise. Há cerca de
dois meses, ela criticou sugestões de analistas econômicos, como o
ex-diretor do Banco Central Ilan Goldfajn, que defenderam o
desaquecimento do mercado de trabalho como solução para combater a
inflação.
"Tem muita gente que fica dizendo por aí que nós temos que reduzir o
emprego. 'Ah, tem de desempregar'. Tem muita gente falando isso, muita
também não é, é pouca, mas faz barulho. Essa gente está equivocada",
declarou Dilma, num discurso feito em abril no Rio Grande do Sul. Em São
Paulo, um mês depois, ela defendeu medidas de fortalecimento às
pequenas e médias empresas, um mês depois, e reafirmou: "Não estamos pensando em reduzir empregos".
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