Por Leila Cordeiro
O que mais se vê nos dias de hoje é um mundo de futilidades onde o
que determina a importância de uma pessoa é o que ela tem, desde as
marcas famosas e milionárias que usa dos pés a cabeça até o corpo
sarado, esculpido nas academias de ginástica ou no bisturi dos
cirurgiões plásticos que prometem a sonhada eterna juventude.
E toda essa frivolidade é estampada prioritariamente nas capas de revistas e sites especializados em “celebridades”.
Já sei que vão dizer que, se existem essas revistas e sites, é porque
há público que os prestigia. É verdade. Mas não custa destacar os
exemplos positivos que, de vez em quando, encontramos na contramão desse
mundo de faz de conta. Exemplos dados por duas mulheres lindas e
famosas.
A primeira é a Duquesa de Cambridge, Kate Middleton, de comportamento
simples e discreto. Sem necessidade nenhuma de se autoafirmar. A
princesa revelou em entrevista que mistura em seu guarda-roupa peças
luxuosas com roupas compradas em lojas populares E diz isso na maior
trnaquilidade, sem perder a majestade. Ela conta que uma semana antes da
abertura dos Olímpicos, ela e o marido, o príncipe William,
participaram de vários eventos com jovens esportistas britânicos.
E Kate não fugiu ao seu estilo realista longe das futilidades
desnecessárias. Consciente de que lugar de posar de princesa é no
palácio ou em eventos específicos, despiu-se de trajes sofisticados e
usou um vestidinho que está em liquidação na loja inglesa Hobbs, e custa
o equivalente a R$ 110.
Com isso, Kate vai acumulando pontos diante de seus súditos. Eles
sabem que tem no palácio uma verdadeira princesa – futura rainha - que
sabe valorizar o que realmente importa na vida, a simplicidade sem
máscaras.
Outra princesa, só que não oficialmente, mas eleita pelo público
da TV quando fazia novelas, Ana Paula Arósio também surpreendeu pela
sinceridade de sua decisão de se afastar da TV por tempo indeterminado.
Longe da tela global há dois anos, a atriz de 37 anos contou a um
site o porquê de ter deixado a carreira de lado e abdicado de um dos
postos mais cobiçados pelos artistas, o lugar de protagonista nas
novelas da primeira emissora do país. "Deixei a Globo por uma questão
muito pessoal. Os detalhes disso pertencem a mim, à minha história de
vida. Fiz muito mais amigos que inimigos no meu trabalho”, disse ela em
entrevista reproduzida na UOL e no Globo.com.
Ana Paula Arósio está morando, desde que saiu da Globo, em seu sítio
na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, com o
marido, o arquiteto Henrique Pinheiro. Ela informa na reportagem que
seus programas atualmente são compromissos familiares e reuniões com
amigos.
Arósio revelou ainda que apesar de difícil, foi a melhor decisão que
tomou na vida e que está se sentindo “melhor do que nunca’. Perguntada
se no futuro não voltaria a TV, ela respondeu: "Pode até ser que um dia
eu decida voltar. Não sei... mas, por enquanto, não penso em retomar ao
trabalho, não”.
Taí, uma atitude corajosa que só é tomada por alguém que confia muito
em si mesma e despreza qualquer rótulo ou glamour fabricado, que tem
data de validade e não livra a cara de ninguém. Na TV, quando o tempo
passa, as pessoas ficam descartáveis e como peças de um jogo antigo, são
deslocadas para lugares com menos visibilidade até alcançar a porta da
rua, falando em português claro e objetivo.
E Ana Paula faz questão de finalizar a entrevista com uma reflexão mais do que realista. Ela disse:
"Ser ator é ter o glamour como obrigação. Você tem sempre que estar bem, deve cuidar obsessivamente da aparência, sem muito espaço para a vida emocional. Não vou negar que isso pesou sim... e muito! Cheguei à conclusão que não é só de dinheiro e de fama que a gente deve viver. Estava nessa vida corrida desde os 12 anos”.
E pra não dizer que não falei de Jogos Olímpicos, destaque para outra
Ana Paula, a Padrão. Depois de três anos no SBT e cinco na Record, ela
ainda não conseguiu se livrar do fantasma da Globo, que pelo visto a
atormenta dia e noite. A jornalista, pela segunda vez, trocou o nome do
telejornal que apresenta pelo nome de um produto da concorrente.
Na primeira vez chamou o Jornal da Record de Jornal Nacional. Faz
alguns meses. Agora, em plena abertura solene dos Jogos de Londres, ela
trocou o Jornal da Record por Jornal da Globo.
A direção da Record minimizou o episódio para a mídia, mas a boca
pequena o que se comenta nos corredores da emissora do bispo é que a
gafe foi insuportável. Veja, aqui, o momento em que a Padrão é
atacada pela maldição global.
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